Governo abre concurso para reflorestação de azinheiras, sobreiros e carvalhos

O ministro da Agricultura disse, em Coruche, que o Governo vai abrir novo concurso para a florestação de azinheiras, sobreiros e carvalhos, com uma dotação global de 27 milhões de euros.

azinheiras

Luís Capoulas Santos falava na inauguração da 9.ª edição da Feira Internacional da Cortiça – FICOR, que decorre em Coruche até domingo sob o lema “Mais cortiça para um planeta melhor – dinâmica económica com consciência ecológica”.

O ministro realçou o peso económico «muito relevante» da cortiça e a «valia muito grande do ponto de vista ecológico e ambiental» do montado, que é «importante preservar e conciliar com a vertente económica».

Capoulas Santos afirmou que o Governo quer repor numa década os 150 mil hectares de floresta que o país perdeu nos últimos 15 anos, salientando querer continuar a política seguida durante a sua anterior passagem pela pasta da Agricultura, «único período em que o montado de sobro aumentou».

Em relação à cortiça, o objetivo é «continuar a manter a hegemonia de Portugal, que é primeiro produtor e primeiro exportador mundial deste produto único e que permite acrescentar, por exemplo, ao vinho uma imagem de qualidade que nenhum produto sintético consegue igualar».

A associação da cortiça ao vinho constitui o destaque da edição deste ano da FICOR, com o primeiro piso do pavilhão de exposições, onde se realizam provas de vinhos, decorado com mobiliário de cortiça.

Sobre a reforma da floresta, Capoulas Santos disse que o Governo está a fazer «o que há muitas décadas anda a ser adiado», ou seja, «responder aos problemas estruturais», na origem do aumento dos incêndios e de um «deficiente aproveitamento económico».

Dos dez diplomas preparados pelo Governo nesta matéria, cinco foram já promulgados pelo Presidente da República e os restantes cinco encontram-se na Assembleia da República, disse.

«O que pretendemos é ter uma floresta melhor, mais bem gerida, geradora de riqueza e de emprego e menos suscetível aos incêndios florestais. Para isso, é preciso trabalhar em várias frentes ao mesmo tempo, desde logo no ordenamento florestal», disse.

Essa reforma, adiantou, é para um horizonte alargado, sendo objetivo que ela resulte de consenso político, para que possa continuar mesmo quando há mudança de Governo.

O presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, realçou a importância social e económica da cortiça para o concelho e destacou o facto de o certame deste ano ter sido associado ao Ano Internacional do Turismo Sustentável, chamando a atenção para o montado como «ecossistema único».

Fonte: Lusa 

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