FPAS e Faculdade de Medicina Veterinária contra a Peste Suína Africana

A Federação Portuguesa de Associações de Suinicultores (FPAS) e a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa acabam de assinar na Faculdade de Medicina Veterinária, um protocolo de colaboração, cujo foco é a procura da melhoria da eficiência das medidas de prevenção face à ameaça da Peste Suína Africana (PSA).

FPAS

A intervenção da Faculdade de Medicina Veterinária centra-se no apoio à tomada de decisão desta Federação, na produção de conhecimento acerca desta doença e na criação de manuais de boas práticas de biossegurança a adotar pelos vários agentes da fileira da carne de porco, nomeadamente, produtores, transportadores, industriais de abate e transformação e outros operadores. A colaboração agora formalizada entre as duas entidades acontece durante o ano de 2020. 

«Desde Agosto de 2018, face ao conhecimento do desenvolvimento de focos de PSA na Europa, a FPAS tem vindo a implementar ações que visam a manutenção de Portugal a salvo desta doença económica que, não tendo impacto na saúde humana, tem o potencial de dizimar os nossos efetivos o que seria catastrófico em termos económicos», afirma Vítor Menino, Presidente desta entidade.

«A FPAS tem vindo a realizar diversas ações de comunicação com os produtores acerca das medidas de prevenção da PSA. O tema integrou newsletters e sessões de esclarecimento. Além disso, solicitámos à ASAE que reforçasse as medidas de vigilância relativamente a produtos importados dos países da Europa de Leste, uma vez que o vírus pode ser transmitido dessa forma, e fazemos parte da Comissão de Acompanhamento da PSA, liderada pela da Direção-Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV)», explica. «Mas, o tema preocupa-nos e consideramos que temos que continuar a fazer o nosso papel. Esta parceria com a academia é uma forma de irmos buscar conhecimento onde ele está e de termos uma base científica e rigorosa para suportar as nossas ações, quer no que respeita à PSA, quer em outros domínios", afirma David Neves, Vice-presidente da mesma organização».

As Áreas de Intervenção

A assinatura do compromisso de colaboração tem por base um plano de ação que preconiza quatro áreas-chave de intervenção das quais a produção de conhecimento relativamente à PSA assume o lugar de destaque, concretizando-se em duas linhas de ação.

A primeira prevê o Reforço da Biossegurança nas explorações suinícolas, designadamente através da criação de um projeto de avaliação de biossegurança e do desenvolvimento de protocolos de validação de limpeza e desinfeção em toda a movimentação de suínos.

A segunda prevê a intensificação de Medidas de Prevenção da PSA em Portugal e é operacionalizada através do desenvolvimento de um modelo de avaliação de riscos e definição de medidas de minimização desses mesmos riscos, da definição e monitorização dos indicadores do plano de prevenção, e da transferência de conhecimento sobre PSA, através de encontros e ações de formação, da academia para o terreno.

Técnicos das explorações suinícolas, produtores e organizações de caçadores de caça maior serão o público destas ações sobre a PSA, a sua epidemiologia, a prevenção, o controlo e o reforço da vigilância passiva.

O protoloco entre as duas entidades prevê, ainda, o apoio da Faculdade de Medicina Veterinária à FPAS na elaboração de projetos e assessoria técnica quando solicitada, a determinação do impacto da implementação da lei da saúde animal (Regulamento UE n.º 2016/429) e a promoção do uso responsável de antimicrobianos.

Regiões

Notícias por região de Portugal

Tooltip