Federação de suinicultores autorizada a usar selo de qualidade Porco PT para carne nacional

porco

A Federação das Associações de Suinicultores foi autorizada a 27 de janeiro, por aviso publicado, a usar o selo de qualidade “Porco PT” em carcaças de suínos criados em explorações nacionais, alimentados à base de cereais e com normas de bem-estar.

No aviso da Direção-Geral de Agricultura, publicado em Diário da República, o diretor-geral, Pedro Teixeira, faz uma síntese dos principais elementos do caderno de especificações, lembrando que o rótulo Porco PT traduz uma alimentação aos animais com um mínimo de 50% de cereais, condições de bem-estar traduzidas numa «área de engorda útil no mínimo superior» às ditadas pelas normas europeias, e à castração cirúrgica dos leitões para evitar o odor na carne.

«O produto apresenta-se no mercado sob a forma de carcaça e meias carcaças, bem como sob a forma de qualquer peça de desmancha, embaladas ou a granel», acrescenta o diretor-geral, explicando ainda que o rótulo pode ser usado «qualquer que seja a forma de apresentação comercial» da carne.

O caderno de encargos a cumprir pelos produtores que queiram usar o rótulo Porco.PT foi aprovado em 2016, com medidas que cobrem toda a fileira da carne de porco, incluindo fabricação da ração, transporte de animais, produção dos animais, unidades de abate e salas de desmanche, até à distribuição e unidades de venda.

Perante a crise de vendas no setor, os suinicultores portugueses criaram o Gabinete de Crise e fizeram várias ações de protesto pelo país para pedir medidas que evitassem o colapso da suinicultura.

Umas das principais reivindicações era o aumento do preço da carne de porco pago aos produtores, que no início de 2016 rondava os 1,05 euros por quilo, bem abaixo do custo de produção.

Recorde-se ainda que Portugal produz cerca de 55% da carne de porco que consome.

Fonte: Lusa 

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