Empresas agroalimentares profundamente descontentes
Federação do setor pede reavaliação de um «imposto discriminatório, populista e sem qualquer efeito» comprovado ao nível da saúde pública.
A Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) está profundamente descontente com o novo imposto sobre refrigerantes e apela ao Governo e ao Parlamento que reavaliem «aquilo que é um imposto discriminatório, populista e sem qualquer efeito comprovado ao nível da saúde pública».
O Governo «procura apenas aumentar a receita fiscal à custa das empresas, em sacrifício da sua competitividade e em detrimento de compromissos em prol da saúde pública», critica a FIPA num comunicado divulgado recentemente.
Na opinião desta federação «não existe qualquer base séria que sustente a eficácia destes impostos, nem ao nível da saúde pública nem ao nível da receita fiscal».
E «nenhuma das experiências desta tipologia de impostos feitas noutros países mostrou qualquer efeito positivo na saúde pública, tendo mesmo havido recuos em certos casos», garante.
No comunicado enviado às redações, a FIPA começa por recordar que estava a trabalhar em conjunto com o Ministério da Saúde «numa proposta consistente e séria de reformulação progressiva, em linha com o trabalho responsável que a indústria tem vindo a fazer, com vista à adequação dos seus produtos aos atuais estilos de vida e às preocupações com os vários fatores de risco para a saúde».
E garante que o secretário de Estado adjunto e da Saúde afirmou por diversas vezes que «o trabalho conjunto era visto como uma resposta eficaz às atuais preocupações do Ministério e que seria até mais eficaz do que um modelo de impostos».
Ainda assim, a indústria alimentar mantém a sua disponibilidade para ser encontrado «um caminho sólido e sustentado» com impacto na saúde pública.
Fonte: Dinheiro Vivo