Dia Internacional do Milho: 10 personalidades realçam a importância do milho em Portugal
O Dia Internacional do Milho é comemorado anualmente a 24 de abril em todo o planeta. A ANPROMIS assinala a ocasião com a visão de 10 organizações e personalidades sobre a importância do milho no nosso país.
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Abaixo alguns excertos da opinião das 10 personalidades convidadas pela ANPROMIS a dar a sua visão sobre a cultura do milho.
«Apesar da importância da cultura do milho na produção agrícola nacional, estima-se que Portugal é auto-suficiente em milho a 100% apenas durante três meses (…) a Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais, que conta com o empenho político da atual responsável do Ministério da Agricultura será, seguramente, uma sólida base de trabalho para inverter esta situação, mas para que tal suceda é necessário criar condições, no âmbito da nova Política Agrícola Comum, para garantir (e recuperar!) uma justa remuneração da atividade dos produtores de cereais nacionais, nomeadamente através do estabelecimento de ajudas ligadas à produção», Jorge Neves, Presidente da ANPROMIS
«Quando refletimos sobre inovação na agricultura encontramo-nos com o milho e com os seus produtores, peças essenciais para compreendemos a nossa história, a nossa cultura e a diversidade das paisagens rurais», Maria do Céu Antunes, Ministra da Agricultura
«O milho está na vanguarda das culturas preferidas pelos agricultores, mas nem tudo são rosas. À nossa condição de país periférico, acrescem os desmesurados custos de produção, o que nos leva a enaltecer a importância dos apoios no âmbito da PAC, como as ajudas ligadas, que servem de incentivo e salvaguarda da manutenção de rendimentos e competitividade, além de um muito importante reforço da nossa soberania alimentar e um forte contributo para a minimização da dependência do exterior», Eduardo Oliveira e Sousa, Presidente da CAP
«A cultura do milho silagem em Portugal é de grande importância para a alimentação animal (…) entendemos como justo que, caso sejam atribuídos pagamentos ligados à produção de cereais no âmbito da próxima reforma da PAC, a cultura de milho para silagem seja também incluída. Uma decisão contrária não seria compreensível!», Manuel dos Santos Gomes, Presidente da CONFAGRI
«O milho é essencial à independência económica e alimentar de Portugal e um fator muito importante de desenvolvimento (…) vamos ter de viver com um decréscimo da precipitação média anual, já notório. A solução é gerir de forma mais eficiente o uso da água e encontrar novas disponibilidades de água para além dos aquíferos e das águas superficiais», Filipe Duarte Santos, Presidente do CNADS – Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
«O milho encontra-se entre as culturas agrícolas mais importantes do mundo (…) porém a maioria do milho produzido globalmente resulta hoje, todavia, de um modelo de produção altamente mecanizado e com fraca criação e estabelecimento de postos de trabalho. Teremos, assim, um longo caminho pela frente no desenho da produção de milho enquanto motor de desenvolvimento rural, sempre com o ideal de soberania alimentar no horizonte», Pedro do Carmo, Presidente da Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar
«A Indústria dos Alimentos para Animais é o principal cliente da produção nacional de milho que, infelizmente, assegura apenas não mais do que 25% das nossas necessidades de aprovisionamento (…) é urgente inverter a atual dependência, à luz da flexibilidade que deve ser utilizada no quadro do PEPAC e da Estratégia do Prado ao Prato», José Romão Braz, Presidente da IACA- Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais
«O milho é indiscutivelmente uma das culturas mais importantes em Portugal (…) a eventual retirada da UE de um conjunto de substâncias ativas pode implicar que a cultura do milho grão perca a viabilidade económica, sendo o impacto mais provável a dependência do exterior ser cada vez maior, o que contraria a Estratégia Nacional para a Promoção da Produção de Cereais», Felisbela Torres de Campos, Presidente da ANIPLA- Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas
«O potencial genético é determinante para os agricultores e para as organizações se sentirem encorajados a investir em inovações e tecnologias e, por isso, vai continuar a ser determinante na competitividade da cultura do milho em Portugal (…) a dificuldade vivida com a regulamentação europeia na autorização de novas variedades é preocupante», António Sevinate Pinto, Presidente da ANSEME – Associação Nacional do Produtores e Comerciantes de Sementes
«O milho é uma das mais importantes culturas arvenses em Portugal (…) o futuro sustentável ambientalmente, economicamente e socialmente só se alcança com uma fertilização equilibrada, racional e que contemple a produção em quantidade suficiente, mas também em qualidade e respeitadora do meio ambiente», Luís Filipe Palma, Presidente da ANPIFERT – Associação Nacional de Produtores e Importadores de Fertilizantes