DGAV celebra o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) celebram hoje, dia 7 de junho, o Dia Mundial da Segurança dos Alimentos, assinalando a importância da segurança dos alimentos e recordando a necessidade de que todos tenham acesso equitativo a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente.

Dia Mundial da Segurança dos Alimentos DGAV

Sob o tema “A Segurança dos alimentos depende de todos!”, a Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) produziu alguns materiais que disponibiliza para divulgação e um conjunto de mensagens de diferentes entidades, que partilham, assim, as suas perspetivas sobre o tópico.

O Dia Mundial da Segurança dos Alimentos procura chamar a atenção e inspirar ações que contribuam para a prevenção, deteção e gestão dos riscos alimentares, contribuindo desta forma para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade económica, a agricultura, o acesso aos mercados, o turismo e o desenvolvimento sustentável. O ano de 2020 será o segundo em que se celebra a data.

Todas as pessoas têm direito a alimentos seguros, nutritivos e suficientes pois sem acesso a estes, o desenvolvimento humano não pode ter lugar. A segurança dos alimentos é fundamental para promover a saúde e acabar com a fome, 2 dos 17 objetivos da Agenda para o Desenvolvimento Sustentável de 2030.

No entanto, a segurança dos alimentos é regularmente considerada pelos cidadãos como um dado adquirido. Caso produza, processe, venda ou prepare alimentos, então, tem um papel a desempenhar para os manter seguros. Todas as pessoas ao longo da cadeia alimentar são responsáveis pela segurança dos alimentos. Este dia internacional surge como uma oportunidade para reforçar a ideia que todos temos de nos esforçar no sentido de garantir que os alimentos que consumimos são seguros.

A salubridade dos alimentos

Fernando Bernardo, diretor-geral da DGAV, publicou um texto no site da instituição onde aborda a questão da "salubridade dos alimentos". O responsável aproveita para destacar que "o direito de aceder a alimentos seguros é uma das maiores conquistas da civilização mas, infelizmente, ainda não pode ser exercido por todos os cidadãos do mundo, especialmente nas zonas do globo em vias de desenvolvimento". O responsável reforça, assim, que a generalização de cuidados básicos ainda não existe.

Segundo o próprio, "essa é razão pela qual a OMS e a FAO sentiram necessidade de criar um dia que nos lembre a importância da segurança dos alimentos: para que o assunto possa ser lembrado e sublinhado e que todos os habitantes do planeta possam finalmente ter acesso, equitativamente, a alimentos seguros, nutritivos e em quantidade suficiente".

Além disso, o diretor-geral da DGAV acredita que o conceito de segurança dos alimentos "não é fácil entender, nem é consensual", pois "os géneros alimentícios têm sempre na sua composição intrínseca alguns perigos para a saúde". Afirma, ainda, que "o que permite classificá-los como seguros, é o facto de esses perigos se encontrarem dentro de limites admissíveis, acima dos quais, o risco associado ao alimento não é razoável para a sobrevivência humana".

"Muitos desses perigos são naturais (substâncias indesejáveis e biotoxinas), outros são introduzidos a partir do meio ambiente (contaminantes) e muito outros são resíduos ou contaminações devidas à manipulação ou originados nas plantas ou nos animais de que são obtidos (biológicos)", começa por explicar. "Atualmente estão contabilizados mais de 6 mil perigos que podem ser veiculados pelos alimentos. Contudo nos alimentos aqueles perigos têm de ser devidamente controlados para que o seu teor seja sempre muito inferior ao que pode causar doença nos utilizadores. Só essas condições permitem considerar um alimento sanitariamente seguro".

Fernando Bernardo realça que "o controlo dos níveis dos diferentes perigos que existem nos alimentos constitui uma responsabilidade social partilhada: aos operadores das cadeias alimentares cabe a responsabilidade de garantir que os géneros alimentícios que produzem, transformam ou distribuem são sanitariamente seguros; às autoridades sanitárias cabe a avaliação e a gestão dos riscos sanitários, instituindo procedimentos e controlos sobre as atividades dos operadores para verificar se eles cumprem com as suas obrigações em matéria de controlo sanitário".

"Os alimentos que não são seguros não são alimentos, porque eles servem para manter e desenvolver a vida e não para a ameaçar", reforça. "A responsabilidade de contribuirmos para que um dia todos os cidadãos do nosso planeta possam aceder a alimentos seguros é um peso que nos obriga a refletir, convocando os valores mais elementares e os referenciais mais justos e nobres que podem conduzir a Humanidade pelo percurso da dignidade", conclui.

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