Centro PINUS dá a conhecer empresas transformadoras da Fileira do Pinho
Como sem conhecimento e informação não há valorização, depois da edição “Valorizar o pinheiro-bravo: uma perspetiva de mercado” o Centro PINUS lança agora no seu canal de Youtube uma nova série de curtas reportagens sobre empresas da Fileira do Pinho.
![](/userfiles/image/dropzone/blogs/20240118132015-IMG_0600 (1).jpg)
Os episódios, conduzidos em discurso direto pelos seus interlocutores, versam sobre a história e a caracterização de cada empresa. Dão a conhecer porque motivo usam o pinheiro-bravo como matéria-prima de excelência, quais as oportunidades e tendências de mercado, a caracterização do abastecimento de matéria-prima de base florestal e quais as iniciativas de inovação e os caminhos sustentabilidade percorridos.
Neste primeiro episódio visitamos as instalações da DS Smith Paper Viana, um associado que é um dos co-fundadores do Centro PINUS e celebra, este mês, 50 anos de atividade.
A unidade fabril, situada numa freguesia rural do concelho de Viana do Castelo, é o maior consumidor de madeira de pinheiro-bravo do nosso país, representando cerca de 14% do consumo anual de pinho. Desde 2018 está integrada na DS Smith, uma empresa britânica presente em mais de 30 países no mundo. Diferencia-se pela produção integrada de pasta e papel, a partir de fibras da madeira de pinheiro-bravo, criteriosamente selecionadas e processadas e que estão na origem do papel Kraft Liner.
Deste produto fazem-se embalagens de cartão canelado personalizadas, de elevada qualidade e resistência e que suportam a tendência de substituição do plástico. Viajam por todo o mundo e são amplamente utilizadas na comercialização e na conservação de alimentos e de bebidas, assim como, no transporte de muitos produtos adquiridos online.
Com uma capacidade instalada de 425 mil toneladas/ ano, a DS Smith Paper Viana é uma referência na Europa em termos de inovação, eficiência e práticas de Economia Circular, como a incorporação de 40% de papel reciclado no ciclo de produção.
A contrapor à crescente procura de mercado de papel de embalagem e aumento de capacidade de produção e investimento, verifica-se o declínio do recurso florestal de que dependem: o pinheiro-bravo. A madeira de pinho chega a esta unidade fabril através de centenas de fornecedores, muitos de pequena dimensão, tal como explica o Diretor Florestal, João Gonçalves, referindo ainda que são proprietários de 2700 hectares, cuja gestão é certificada pelos principais esquemas de referência.
A importação de madeira, a par de investimentos para aumentar a incorporação de papel reciclado, têm sido as principais estratégias de resposta ao défice de madeira de pinho.
Veja o primeiro episódio PINUS TV sobre o associado DS Smith Paper Viana: