Caldas da Rainha prevê investir €1,2 milhões na defesa da floresta contra incêndios

A implementação do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios no concelho das Caldas da Rainha, Leiria, aprovado pela Assembleia Municipal, vai custar no primeiro ano mais de um milhão de euros.

floresta

O Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), para vigorar entre 2018 e 2027, prevê, no primeiro ano de implantação, um custo de 1,2 milhões de euros, verba que, segundo o documento a que a agência Lusa teve acesso, é reduzida nos anos seguintes para menos de 900 mil euros.

Não obstante a vigência do plano estar prevista começar este ano, o documento só na terça-feira à noite foi aprovado, por unanimidade, pela Assembleia Municipal das Caldas da Rainha, cumprindo assim o último passo formal para a sua implementação.

O plano, dividido em dois cadernos, faz a caracterização geográfica, climática e de ocupação do solo no concelho com 255,69 quilómetros quadrados de área, subdivididos em 12 freguesias, das quais «as mais suscetíveis aos incêndios» são a União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, a União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto e as freguesias Foz do Arelho, Alvorninha e Vidais, já que detém «uma área florestal superior a 50 por cento», refere o documento.

O histórico, analisado no plano, revela ter sido na União de Freguesias de Tornada e Salir do Porto que, entre 2003 e 2015, deflagraram mais incêndios, tendo sido registadas 185 ocorrências. A União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro registou, no mesmo período, 139 incêndios florestais.

No segundo caderno do PMDFCI são definidos cinco eixos de atuação implementar até 2027 para aumentar a resiliência do território aos incêndios florestais, reduzir a sua incidência, melhor a eficácia do ataque, recuperar os ecossistemas e adaptar uma estrutura orgânica funcional.

O PMDFCI define como metas reduzir a área ardida a menos de 10 hectares, conseguindo implementar a primeira intervenção no terreno, até «15 minutos» e «90% por cento das ocorrências», reduzindo a zero os incêndios que se alarguem a áreas maiores do que a referida ou os reacendimentos.

O cumprimento das metas passa ainda pela realização de ações de sensibilização para os comportamentos de risco, já que, sublinha o PMDFCI, as principais causas de focos de incêndio identificadas «são as queimas, queimadas e causas acidentais». O plano, agora aprovado, será avaliado anualmente prevendo-se no mês de abril a apresentação de um relatório de eficácia.

Fonte: Lusa

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