ANIPLA: estudo de impacto da redução de aplicação de produtos fitofarmacêuticos na produção vegetal

Na origem do estudo está a intenção assumida pela União Europeia no quadro da estratégia do Prado ao Prato, e apresentada no Pacto Ecológico Europeu, de reduzir a utilização de produtos fitofarmacêuticos em 50% até ao ano 2030, uma decisão política que pode, porém, ter fortes impactos na economia e no futuro de várias fileiras agro-alimentares europeias.

ANIPLA

Preocupada com o impacto económico de tal medida em Portugal, a ANIPLA solicitou à AGRO.GES, uma auditora independente, um estudo com vista a avaliar quais serão as repercussões económicas da retirada de um conjunto de mais de 80 substâncias ativas (s.a.) consideradas em risco de perder a autorização de utilização na Europa em cinco fileiras agrícola nacionais, considerando o território continental: vinha para vinho, o olival para azeite, a pêra rocha, o milho-grão e o tomate para indústria.

O trabalho realizado pela AGRO.GES, no final de 2020, permite estimar perdas muito importantes em todas as fileiras: a do milho-grão e do tomate de indústria poderão perder a viabilidade económica por completo enquanto, nas restantes, se estimam impactos económicos muito relevantes. O valor estimado para a perda de margem bruta (MB) é de cerca de 257 milhões de euros anuais, e considerando apenas a receita perdida nestas cinco fileiras, as estimativas apontam para uma perda anual de cerca de 332 milhões de euros. Estes valores representam perdas de 9% do Valor Acrescentado Bruto (VAB) anual da agricultura e 7% do Rendimento anual total gerado pela produção vegetal no mesmo ano, respetivamente.

Para além do Sumário Executivo que enviamos em anexo, está disponível no website da Anipla o Estudo Completo, assim como a gravação do ebinar que a Anipla realizou dia 14 de abril para a divulgação do Estudo.

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