Projeto da UMinho propõe autocarro sustentável que junta cozinha, horta e mercado

Cinco estudantes da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho venceram um prémio nacional de inovação por um projeto de sustentabilidade alimentar que junta cozinha, horta e mercado num mesmo espaço – um veículo – e que visa dar mais visibilidade a produtores locais. O seu projeto, designado Floreo, ganhou o Prémio EDP Groundbreaking, distinguindo-se entre os 26 que chegaram à final do Programa Start-Up da Junior Achievement Portugal (JAP).

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O trabalho envolve André Machado, Catarina Alves e Sofia Mota, do mestrado em Negócios Internacionais, a par de Pedro Santos e Sofia Cortinhas, do mestrado em Economia Industrial e da Empresa. A ideia consiste num food truck (autocarro) com o piso superior para uma horta hidropónica (cultivo sem solo) e o piso inferior para uma cozinha/restaurante e uma banca de frutas e legumes. Associa ainda uma plataforma online que permite ao cidadão poder comprar produtos frescos a produtores locais parceiros e ainda obter ofertas ou informações, como ver a pegada ecológica dos produtos comercializados.

«Acreditamos numa rede comunitária de alimentação sustentável e no potencial deste projeto no mercado, que sendo itinerante permite chegar a todo o lado», diz Sofia Mota. A equipa estima ser preciso um investimento inicial de 100 mil euros e que se possa atingir os 50 mil consumidores em cinco anos. Para isso, prevê-se ações de franchising e parcerias, tendo os municípios do Porto, Braga e Guimarães já sido contactados e mostrado interesse no projeto.

Os estudantes promotores fizeram ainda um estudo por questionário, verificando que 70% dos 200 respondentes aceitariam pagar 20% a mais por uma refeição saudável e 60% adquiririam produtos e serviços da Floreo. «Os consumidores estão mais conscientes e nós propomos uma alternativa saudável e sustentável, contribuindo assim de forma ativa para a salvaguarda do planeta e para sensibilizar a sociedade», refere Pedro Santos. O projeto contou com a orientação do professor Nuno Marques e os alunos procuram agora concretizar o negócio, estando a avaliar fontes de financiamento e outras ações de inovação e empreendedorismo. O prémio que a equipa obteve permite também participar num programa profissional e em workshops da EDP.

A 14.ª edição da competição da JAP incluiu a apresentação dos projetos finalistas dos estudantes universitários concorrentes e, de tarde, entrevistas em inglês com o júri. Seguiu-se uma conversa com um painel formado por Tim Vieira, empreendedor e ex-Shark Tank, Fred Fezas-Vital, diretor-geral da JAP, e João Pedro Tavares, presidente do conselho estratégico daquela entidade. Fundada em 1919 nos EUA, a JAP é a maior e mais antiga organização sem fins lucrativos na formação júnior em empreendedorismo, chegando a mais de dez milhões de crianças e jovens por ano em 121 países.

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