Agricultura: cooperativas europeias apelam a soluções urgentes para os mercados da UE

Os dirigentes das organizações e cooperativas agrícolas de toda a Europa reuniram-se em Bruxelas para debater a situação dramática que afeta os mercados agrícolas na União Europeia (UE) e entregaram uma lista de medidas ao comissário europeu da Agricultura, Phil Hogan.

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Durante o encontro, o presidente da COGECA, organização europeia que representa agricultores e cooperativas, Thomas Magnusson, declarou que «os agricultores e as cooperativas agrícolas estão cada vez mais orientadas para o mercado e são mais competitivas, mas para muitos produtores é cada vez mais difícil manterem-se sempre que perdem um mercado chave para exportação e que não existam outras oportunidades.

«É positivo que o comissário da Agricultura, Phil Hogan, conduza ações comerciais internacionais para promover os produtos da UE e para abrir novos mercados, mas é necessário tempo para desenvolver as mesmas e obter resultados», sustentou o responsável, citado pela COPA-COGECA, em comunicado enviado às redações.

Thomas Magnusson disse que os agricultores a as cooperativas agrícolas precisam de «soluções urgentes, caso contrário, as economias das zonas rurais e a economia da UE no seu conjunto vão levar um terrível golpe».

«Necessitamos obter uma melhor retribuição do mercado. É inaceitável que os distribuidores espremam os agricultores ao oferecerem preços muito abaixo dos custos de produção. Os agricultores vêem-se obrigados a realizar fortes investimentos para manterem as normas europeias, que estão entre as mais exigentes do mundo, pelo que deveriam obter uma recompensa justa, sendo urgente uma cadeia alimentar sustentável que beneficie tanto os agricultores como os consumidores», concluiu o presidente da COGECA.

Por seu lado, o presidente do COPA, Martin Merrild, afirmou que os preços de origem estão sob o mínimo, em particular nos setores do leite, carne de porco, bovino, frutas e hortícolas e cereais.

A Política Agrícola Comum (PAC) não dispõe de suficientes instrumentos para fazer algo a este respeito. Merrild defende que são necessárias políticas contundentes e comuns, que proporcionem soluções imediatas a problemas de alcance europeu.

O responsável assinalou várias formas de melhorar a situação: «umas das principais prioridades da UE deve ser a abertura do mercado russo. Não deveriam ser os agricultores e suas cooperativas a pagarem as consequências da política internacional», conclui.

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