Agricultores portugueses regozijam-se com a reposição da medida Electricidade Verde
Os custos relacionados com a energia representam para os agricultores portugueses e paras as suas Organizações de Produtores um significativo encargo que coloca em causa a sua competitividade económica face aos seus congéneres de outros Estados-membros.
Apesar do esforço efetuado pelos produtores nacionais e pelas suas organizações para usarem a energia de uma forma cada vez mais eficiente, recorrendo à tecnologia que existe no mercado, o custo com a energia continua a ser um encargo com muita expressão. Face ao exposto, é pois com grande satisfação que a agricultura nacional constata que na alteração do Orçamento de Estado para 2020 é contemplada a reposição da Electricidade Verde.
De facto, esta medida revela-se extremamente importante e vai de encontro às solicitações efectuadas nos últimos anos para que, à semelhança do que ocorre com os congéneres espanhóis, seja reposto um apoio que já existiu no passado e que se revelou tão importante para a competitividade da nossa agricultura.
Por outro lado, e numa altura em que o país tem reconhecidamente aumentado em vários setores da sua vertente exportadora, a recuperação deste apoio vai contribuir para uma maior dinâmica de mercado por parte dos agricultores e das suas organizações, que passam assim a ter uma maior capacidade negocial.
Tendo em conta a relevância deste apoio, transcrevemos de seguida o texto que consta na alteração do Orçamento de Estado aprovado para 2020:
1. É reforçado o orçamento do IFAP, I. P., para assegurar a operacionalização do apoio aos custos com a eletricidade nas atividades de produção, armazenagem, conservação e comercialização de produtos agrícolas e pecuários, a atribuir a agricultores, produtores pecuários, cooperativas agrícolas e organizações de produtores.
O valor do apoio a conceder corresponde a:
a) 20 % do valor da fatura para as explorações agrícolas até 50 ha, ou explorações agropecuárias com até 80 cabeças normais;
b) 10 % do valor da fatura para as explorações agrícolas com área superior a 50 ha, explorações agropecuárias com mais de 80 cabeças normais e cooperativas e organizações de produtores.
Por último e considerando a importância desta ajuda, as entidades signatárias do comunicado apelam ao Ministério da Agricultura para que operacionalize no mais curto espaço de tempo a sua implementação, que reafirmamos se revela tão importante para o sector agro-florestal nacional e que em boa hora foi reposta.
Subscrevem este comunicado:
-
ADVID – Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense
-
ANPOC – Associação Nacional dos Produtores de Oleaginosas, Cereais e Proteaginosas
-
ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo
-
AOP – Associação dos Orizicultores de Portugal
-
APPITAD – Associação dos Produtores em Protecção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro
-
APROLEP – Associação dos Produtores de Leite de Portugal
-
FENAREG – Federação Nacional dos Regantes de Portugal
-
FNOP – Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas
-
UNAC – União da Floresta Mediterrânica