A agricultura oferece algumas soluções para a mudança do clima
A agricultura e o uso da terra oferecem algumas das melhores soluções para mitigar a mudança do clima, inclusive o sequestro de carbono pelos solos, afirmou o Secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Tom Vilsack, que falou aos seus pares do hemisfério na Conferência de Ministros da Agricultura das Américas 2021.
![](/userfiles/image/dropzone/blogs/20210906153344-agricultura inteligente agrobotica.jpg)
Na reunião, organizada pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e que teve como tema "Sistemas Agroalimentares Sustentáveis, Motor do Desenvolvimento das Américas", Vilsack disse que, "para se alcançar a resiliência e a segurança alimentar global e reduzir o impacto da mudança do clima sobre as pessoas, é crucial que as vozes da agricultura estejam sentadas à mesa em que se desenha e implementa a ação climática".
Ele acrescentou que os agricultores devem também ser ouvidos quando se buscam "soluções criativas para tornar o nosso setor mais verde e as comunidades mais resilientes e equitativas".
Na reunião virtual, os ministros das Américas discutiram, entre outras questões, o posicionamento comum do hemisfério na próxima Cúpula sobre Sistemas Alimentares da ONU, o surgimento de ameaças ao comércio agropecuário com o surto de novas pragas e doenças, os efeitos da variabilidade climática no setor e o seu caráter estratégico para a recuperação econômica pós-Covid-19.
O Secretário afirmou que os Estados Unidos apoiam decididamente o trabalho do IICA e valorizou a liderança do Diretor Geral, Manuel Otero, "e o seu compromisso de abordar os problemas coletivos do hemisfério".
"É fundamental que continuemos trabalhando juntos, que tomemos decisões baseadas em ciência e que promovamos ferramentas e tecnologias inovativas para construirmos um sistema agrícola produtivo mais sustentável e mais resiliente no hemisfério", afirmou Vilsack.
"Todos", acrescentou, "fomos fortemente impactados pelo desafio da Covid-19 e temos feito esforços significativos para manter uma cadeia de abastecimento resiliente. Quero reconhecer as pessoas esforçadas que trabalharam dia a dia na linha de frente desse tempo de incerteza, especialmente os nossos produtores e trabalhadores agrícolas".
Vilsack observou que as transformações dos sistemas agroalimentares devem ser feitas de acordo com as características produtivas, sociais e climáticas de cada país e cada região.
"Há muitas respostas", considerou, "para os múltiplos desafios que enfrentamos na agricultura. A União Europeia tem um caminho, e os Estados Unidos e outros países têm outros diferentes, mas caminhos igualmente convincentes baseados em ciência. Não há uma medida que sirva a todos os países para assegurarem práticas agrícolas sustentáveis e resilientes".
O secretário pôs em primeiro plano o trabalho conjunto realizado ultimamente pelos países das Américas, baseado em ciência e em boas práticas regulatórias, em temas como o desenvolvimento de normas internacionais para a saúde animal.
Ressaltou, além disso, que, com a liderança do Diretor Geral do IICA, os Estados membros mantiveram três discussões, ao cabo das quais conseguiu expressar a voz unificada do hemisfério ocidental frente à Cúpula sobre Sistemas Alimentares, que se realizará em 23 de setembro em Nova York.
"Devemos nos assegurar de que o resultado dessa Cúpula permita aos países encontrarem caminhos para sistemas alimentares mais sustentáveis, acessíveis e equitativos, que não criam barreiras desnecessárias ao comércio", disse Vilsack.
Fonte: Terra