Inovações recentes na fertilização dos cereais de inverno

Inovações recentes na fertilização dos cereais de inverno

Por: João Castro Pinto, Mestre em Engenharia Agronómica.
Responsável pelo Desenvolvimento Agronómico e Apoio Técnico da ADP – Fertilizantes SA

A fertilização racional é uma importante ferramenta de optimização da produção do ponto de vista técnico e económico. Um bom plano de fertilização deverá ter em conta a fertilidade do solo, nomeadamente o seu teor em nutrientes, as necessidades das culturas em função da produção esperada e critérios de qualidade, a escolha dos fertilizantes mais adequados, de acordo com as suas características técnicas e eficiência agronómica dos seus nutrientes, e ainda a decisão a respeito da dose de adubo, épocas e modo da sua distribuição no solo.

Adubar com os nutrientes mais importantes

O azoto fornecido à sementeira é importante para o desenvolvimento inicial das plantas e para estimular o afilhamento. No início do afilhamento, a disponibilidade de azoto condiciona o número de pés por metro quadrado, o alongamento dos entrenós e a diferenciação floral. É ao afilhamento que se começa a definir o número de grãos por unidade de superfície, o principal componente da produção que condiciona a produtividade final. Ao encanamento o azoto favorece o desenvolvimento da espiga, nomeadamente o número de grãos por espigueta, e durante o espigamento diminui o número de flores abortadas e contribui para um maior peso específico do grão, desde que a água no solo não seja limitante. O azoto contribui positivamente para um maior teor de proteína do grão, e para a qualidade industrial do trigo para panificação e do trigo duro. Por outro lado, o excesso de azoto aumenta o risco de acama, a susceptibilidade ao ataque de doenças e parasitas, e provoca atrasos na maturação. No caso particular da cevada para malte, o excesso de azoto prejudica a qualidade da produção devido ao aumento do teor de proteína do grão.

O fósforo intervém ativamente no desenvolvimento radicular e afilhamento, sendo um nutriente fundamental para aumentar a resistência das plantas ao frio e a sua capacidade para absorver a água disponível no solo. É de registar uma interação positiva entre o fósforo e o azoto, e entre o fósforo e o potássio.

O potássio minimiza os efeitos das deficiências hídricas e aumenta a resistência das plantas ao frio, acama e várias doenças. Tem marcada influência no tamanho e peso específico dos grãos, sendo importante a sua disponibilidade no final do ciclo vegetativo, durante a maturação do grão. Vários ensaios de campo e demonstrações efectuados no Alentejo na passada década de 90 provam a importância das adubações com potássio e a interação positiva com o fósforo.

A carência de enxofre pode surgir em anos de inverno mais chuvoso, nos solos calcários ou mais delgados, e nas searas com maiores produções. Afeta principalmente o número de espigas por metro quadrado e a qualidade tecnológica do grão de trigo. O enxofre tem sinergias importantes com o azoto e o potássio, e a sua carência expressa-se normalmente entre o afilhamento e o encanamento.
No que respeita aos micronutrientes, haverá que ter em atenção o cobre, manganês e zinco, principalmente em condições de baixa fertilidade do solo, no caso dos solos calcários, e nas searas mais produtivas.

Importância das adubações completas

A ação dos diferentes nutrientes ao longo do ciclo cultural não se faz sentir de um modo isolado. As maiores ou menores quantidades de um nutriente condicionam a utilização do outro por parte das plantas, pois os nutrientes relacionam-se uns com os outros por antagonismos iónicos ou sinergismos, e condicionados pela Lei do Mínimo ou de Liebig. Por exemplo, o azoto tem interações positivas com o fósforo e o enxofre, enquanto o azoto amoniacal apresenta uma interação negativa com o potássio. Por outro lado, o azoto só pode ser adequadamente aproveitado pela planta em presença de uma adequada nutrição em potássio. Altos níveis de fósforo no solo ou de adubações fosfatadas podem induzir carências de micronutrientes catiões, nomeadamente o cobre e o zinco, e altos níveis de potássio induzem carências em magnésio. Como já foi referido, o enxofre tem sinergias importantes com o azoto e com o potássio, aumentando a eficiência de utilização destes nutrientes.

As adubações completas são também importantes para precaver a menor disponibilidade de alguns nutrientes no solo, nomeadamente devido à utilização de alguns herbicidas, sendo o caso mais estudado o do glifosato que sendo um forte agente quelatante, pode diminuir a disponibilidade de manganês, zinco e ferro, e afetar a nutrição das searas. Um outro caso estudado é a ação negativa dos herbicidas à base de sulfonilureas que dificultam a absorção de diversos nutrientes, sobretudo o fósforo, cobre e zinco, durante as primeiras fases do ciclo vegetativo.

Solos do Alentejo têm boa fertilidade

A fertilidade dos solos do Alentejo cultivados com cereais de inverno pode ser avaliada com recurso às análises de terra realizadas pela ADP – Fertilizantes nos últimos anos. Os dados dos quadros permitem caracterizar a fertilidade dos solos analisados nos últimos 10 anos (174 amostras de terra) e comparar com um estudo idêntico publicado na revista “Ao Serviço da Lavoura” n.° 197, referente a amostras analisadas entre 1988 e 1991 (6316 amostras). A heterogeneidade encontrada nos solos analisados, obriga a que o primeiro passo numa adubação racional seja a realização de uma análise de terra, duma amostra correctamente constituída, e referente a uma parcela agrícola homogénea.

Pela análise dos dados disponíveis pode afirmar-se que, atualmente, a maioria dos solos do Alentejo cultivados com cereais são pobres em matéria orgânica, ácidos ou pouco ácidos, não calcários, com teores médios ou altos em fósforo, e altos ou muito altos em potássio. As principais diferenças entre os solos dos distritos de Évora e Beja, dizem respeito à reação do solo, sendo os solos de Évora mais ácidos, e aos teores de fósforo e potássio que são mais baixos em Évora; por outro lado, cerca de 30% dos solos de Beja são calcários.

Comparando os solos atuais com os de 1988 a 1991, verifica-se que nos últimos 10-15 anos os solos do Alentejo cultivados com cereais de inverno viram aumentados os seus teores de matéria orgânica, fósforo e potássio assimiláveis, mantendo-se estabilizado os valores do pH. Pode afirmar-se, como consequência, que hoje em dia os cereais são semeados em solos de maior fertilidade, comparativamente com os anos transatos.  

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Qual o nível de fertilização a praticar?

As necessidades do trigo em azoto são em média 30 kg de azoto (N) por cada tonelada de produção de grão, podendo este valor variar entre os 28 e os 40 kg de azoto. Assim, na prática, recomenda-se 120-140 kg N/ha para produzir 4000 kg/ha de grão, podendo este valor subir até aos 200 kg N/ha para produções esperadas de 6000 kg/ha, obtidas normalmente com recurso à rega. No caso da cevada, as extrações são menores, cerca de 25 kg de azoto (N) por cada tonelada de grão, pelo que a adubação azotada deverá ser 20-30 kg N/ha inferior à do trigo; este facto é particularmente importante no caso das cevadas dísticas para malte, onde não se deverá aumentar excessivamente o teor de proteína dos grão, para não prejudicar a qualidade industrial da produção.

As extrações de fósforo e de potássio dos cereais são cerca de 12 kg de fósforo (P2O5) e 20 kg de potássio (K2O) por cada tonelada de grão produzida, dependendo as doses de adubação da produção esperada e da fertilidade do solo. Para o fósforo a fertilização a praticar varia de 60 a 120 kg P2O5/ha, para solos de fertilidade média até fertilidade muito baixa neste nutriente, e uma produção esperada de 4000 kg/ha; nos solos ricos em fósforo, deverá ser feita uma adubação de manutenção, correspondente às extrações da cultura, ou seja, 30-40 kg P2O5/ha. Para o potássio, e nos solos de teor médio ou alto, com 4000 kg/ha de produção esperada, aduba-se com cerca de 30 kg K2O/ha, podendo esta adubação ser dispensada em solos muito ricos em potássio. No que respeita ao enxofre, a dose a utilizar na adubação dos cereais de inverno deverá estar compreendida entre os 30 e os 50 kg SO3/ha.

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Como adubar: adubação tradicional ou uma só aplicação?

Vários condicionalismos económicos, incluindo o custo dos fatores de produção e o rendimento obtido condicionado pelo preço internacional dos cereais, levaram alguns agricultores a abandonarem a prática da adubação tradicional, constituída pela adubação de fundo à sementeira seguida de adubação de cobertura ao afilhamento, e optarem por uma adubação única de cobertura ao afilhamento, com recurso a adubos NP ou NPK de alto teor em azoto. O objectivo é aplicar a mesma quantidade de nutrientes com uma só operação cultural de distribuição de adubo.

A análise de um conjunto de ensaios de campo com delineamento estatístico efetuados em Beja (Gráfico n.°1) e Salamanca (Gráfico n.°2), mostra que a vantagem ou desvantagem da adubação tradicional face à adubação única depende do ano e do local, mas de uma maneira geral, os dois sistemas são equivalentes.

As produções médias dos 7 ensaios são de 2166 kg/ha na ausência de adubação de fundo, 4126 kg/ha para a adubação tradicional e 4214 kg/ha para a adubação única.

A opção pela adubação única com adubos de alto teor de azoto distribuídos depois da emergência das plantas, terá alguns riscos a ter em consideração:

  • Se o ano decorrer seco, a adubação à sementeira permite um melhor desenvolvimento radicular das plantas, e uma maior resistência ao stress hídrico. Na altura da distribuição do adubo na adubação única, entre as 3-4 folhas e o afilhamento, poderá não haver pluviosidade suficiente para incorporar o adubo no solo. Por outro lado, nestas condições, as perdas de azoto por volatilização serão maiores já que todo o azoto foi colocado à superfície do solo, e a resposta ao fósforo será mais incerta, atendendo à reduzida mobilidade deste nutriente no solo.
  • Se o ano decorrer demasiado chuvoso, poderá não haver oportunidade de se entrar na seara na época mais apropriada, de forma a poder influenciar positivamente o afilhamento com a adubação praticada.
  • Há no mercado adubos de adubação única que não incorporam tecnologias que evitam a volatilização e lixiviação do azoto e restantes nutrientes, e assim verificam-se deficiências no final do ciclo, com os inerentes prejuízos no rendimento.

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Conhecer bem os adubos e optar pelos melhores

Os adubos tradicionais habitualmente aplicados nas adubações à sementeira e coberturas azotadas são bem conhecidos dos agricultores. Os diversos equilíbrios das marcas Fosfonitro (adubos NP) e Foskamónio (adubos NPK), o DAP (fosfato diamónio, 18-46-0) e os adubos azotados Nitrolusal e Ureia, são habitualmente empregues na adubação dos cereais. No entanto, a utilização destes adubos deverá ter em consideração os seguintes aspetos:

  • O fósforo solúvel em água dos adubos binários e ternários é rapidamente bloqueado no solo, ficando apenas uma pequena parte, cerca de 15%, disponível para ser absorvido pelas plantas. Este facto é agravado nos solos ácidos, fixadores do fósforo e nos solos alcalinos.
  • O DAP tem na sua composição apenas azoto e fósforo, podendo dar origem ou não prevenir deficiências noutros nutrientes, nomeadamente o potássio, enxofre e micronutrientes. Pelo contrário, os restantes adubos NP e NPK contem em maior ou menor grau, estes e outros nutrientes.
  • A Ureia sendo a fonte de azoto tradicionalmente mais barata, pode estar sujeita a grandes perdas por volatilização, que no limite podem chegar a 50%. A acontecer este caso extremo, o custo da unidade fertilizante de azoto duplicará.

Os adubos específicos são a alternativa aos adubos tradicionais, tendo sido estudados e testados para responder a problemas concretos relacionados com a eficiência dos adubos tradicionais. Os adubos específicos são mais caros do que os tradicionais, devendo a tomada de decisão da sua compra ter em conta a sua eficiência e não o custo por saco. O que realmente importa saber é a eficiência agronómica de cada adubo, ou seja, no caso dos cereais de inverno, quantos quilos de grão (e palha) são produzidos por cada quilo de adubo ou, numa perspetiva económica, por cada euro de adubo. Os adubos específicos da ADP – Fertilizantes mais utilizados na adubação dos cereais são os Amicote C-VIDA, aplicados à sementeira, e os Nergetic C-PRO aplicados em cobertura azotadas ou nas adubações NPK de única aplicação.

Na linha de adubos Amicote utiliza-se a Tecnologia C-VIDA que resulta da conjugação da Tecnologia C-MOV (Consórcio de Moléculas de Origem Vegetal) com a adição de Metabolitos de Microrganismos Benéficos. O C-MOV é um conjunto de moléculas de origem vegetal de comprovada actividade enzimática e fitohormonal, obtidas através de um processo extractivo de materiais orgânicos vegetais seleccionados e de grande qualidade. Os Metabolitos de Microrganismos Benéficos são biomoléculas procedentes da actividade metabólica de microrganismos do solo, benéficos para as plantas. São compostos de alto valor biológico, destacando-se os ácidos orgânicos, enzimas, aminoácidos, proteínas, fitohormonas, micronutrientes complexados, e polissacáridos activadores da vida microbiana do solo. Assim, os Amicote C-VIDA são fertilizantes com efeitos enzimáticos, fitohormonais e bioestimulantes, que melhoram a qualidade do solo, favorecem o desenvolvimento vegetativo das culturas, aumentam as produções agrícolas e o rendimento do agricultor. Há diversos equilíbrios disponíveis e apropriados para as adubações à sementeira dos cereais de inverno, sendo posteriormente necessário efectuar um ou mais adubações azotadas de cobertura.

Nos mais recentes ensaios de campo em cereais de inverno da ADP-Fertilizantes, compararam-se adubos com e sem a Tecnologia C-Vida, independentemente dos equilíbrios e das doses de adubação. Os adubos Amicote C-Vida originaram aumentos de produção bastante significativos, que resultaram em adubações agronomicamente mais eficientes e rentáveis para os agricultores. Como se pode observar no Gráfico n.° 3, em trigo a Tecnologia C-VIDA originou um aumento de produção de 350 kg/ha (32%), correspondente a um aumento de rendimento bruto de 77 euros/ha, valorizando o trigo a 0,22 euros/kg (as produções foram prejudicadas pelas condições meteorológicas desfavoráveis que afectaram de igual forma todo o ensaio). Em cevada dística, a Tecnologia C-VIDA originou aumentos de produção de 490 kg/ha (17%) em 2011/12 e de 191 kg/ha (6%) em 2012/13, correspondente a aumentos de rendimento bruto de 98 e 38 euros/ha, respectivamente, valorizando o grão a 0,20 euros/kg.É de realçar que no caso da cevada, a eficiência agronómica da Tecnologia C-VIDA (Gráfico n°4) foi superior tanto na dose de adubo correspondente à dose do agricultor (NPK+20%), como com 80% dessa mesma dose.

Na passada campanha em Sevilha, em dois ensaios com delineamento estatístico instalados em solos argilosos, pouco alcalinos e de baixo teor de fósforo, comparou-se a resposta do trigo a uma adubação de fundo com 200 kg/ha de DAP 18-46-0 e de Amicote C-VIDA Starter 15-35-0+LZn. Em ambos os casos as produções foram semelhantes, 4,3-4,4 t/ha e 1,5-1,6 t/ha, sem diferenças significativas, o que comprova a maior eficiência dos nutrientes do Amicote C-VIDA Starter que é um adubo menos concentrado que o DAP, e por outro lado, a importância do zinco na adubação dos cereais de inverno.

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Por fim, os adubos Nergetic C-PRO enquadram-se no mercado de adubos azotados e NPK com inibidores de nitrificação, que atrasam a transformação do azoto amoniacal em azoto nítrico e diminuem a lixiviação deste nutriente. Os dois inibidores de nitrificação mais conhecidos, a dicianodiamida (DCD) e o dimetilpirazolfosfato (DMPP), actuam unicamente sobre o azoto nitrificável (amoniacal, ureico, cianamídico ou orgânico), ficando por solucionar o problema da lixiviação do azoto nítrico e de todos os outros nutrientes veiculados pelos adubos. A tecnologia C-PRO dos adubos Nergetic é uma solução inovadora para este problema, já que protege todos os nutrientes do adubo das perdas por lixiviação e, ao mesmo tempo, influencia positivamente o desenvolvimento vegetativo inicial das culturas e aumenta a sua produtividade no final do ciclo. A tecnologia C-PRO resulta da ação de um polímero regulador da lixiviação de todos os nutrientes, em sinergia com o potenciador nutricional da tecnologia C-MOV já anteriormente caracterizado. O polímero é uma Macromolécula obtida por processos de síntese, que, recobrindo os grânulos de adubo, regula a libertação dos nutrientes durante cinco semanas, sem prejudicar a sua disponibilidade para serem absorvidos pelas raízes das culturas. Atua formando uma barreira físico-química em cada grânulo de adubo, que numa primeira fase possibilita a lenta libertação dos nutrientes, e numa segunda fase, retém-nos na zona de dissolução do grânulo, graças à formação de um gel específico que impede a mobilidade dos nutrientes, evitando a sua lixiviação, principalmente quando se verifiquem as condições ideais para que tal ocorra, como seja durante uma precipitação excessiva ou regas mal controladas. Desta maneira, todos os nutrientes permanecem na rizosfera disponíveis para serem absorvidos pelas raízes, e protegidos dos arrastamentos e da imobilização temporal ou definitiva no solo, pelos conhecidos mecanismos bioquímicos que originam este fenómeno.

Os adubos Nergetic C-PRO foram desenvolvidos com o recurso a dezenas de ensaios laboratoriais, em vaso e ensaios de campo, sendo os seus resultados validados por uma vasta rede de organismos de investigação e universidades em Portugal e Espanha. No que respeita aos cereais de inverno cultivados em Portugal, a adição da Tecnologia C-PRO a adubos do tipo 20-8-10 aplicados no início do afilhamento, proporcionou um aumento de produção médio (4 ensaios) de 222 kg/ha (+6%) de grão, enquanto o mesmo adubo com um inibidor de nitrificação clássico praticamente não teve efeito. Nos ensaios efetuados no norte de Espanha, onde as limitações hídricas são menores, o aumento de produção proporcionado pela Tecnologia C-PRO foi na ordem dos 523 kg/ha (+10%) de grão, valor superior ao efeito de um inibidor de nitrificação clássico. Em ambos os países, a dose de adubação considerada tradicional (NPK+20%) foi definida de modo adubar-se com 90 ou 100 kg azoto/ha em uma única aplicação, e esta dose de adubação não permitiu que se conseguissem produções idênticas ao Nergetic C-PRO, com um nível de adubação 20% inferior.

Os adubos Nergetic C-PRO são também aplicados em adubações de cobertura, utilizando-se para o efeito o Nergetic 30 ou o Nergetic 37. Adicionalmente ao efeito inibidor da lixiviação de todos os nutrientes (neste caso, o azoto e o enxofre), e do efeito bioestimulante do potenciador nutricional, os Nergetic C-PRO têm também um inibidor da volatilização do azoto que permite reduzir para metade as perdas de azoto por este mecanismo, e por outro lado, estes adubos possibilitam a adubação com enxofre na época ideal para os cereais e simultaneamente com a adubação azotada, explorando a conhecida sinergia entre ambos os nutrientes.

Rentabilizar a adubação: maximizar a produção, conhecer o solo e optar pelos melhores adubos

Tendo em conta o conhecimento atual da nutrição dos cereais de inverno, e pretendendo-se maximizar a produção em função da fertilidade do solo, as recomendações do Quadro n°6 podem servir de referência, de acordo com a técnica cultural utilizada na distribuição do adubo.

Na tomada de decisão entre adubos específicos e clássicos, dever-se-á ter em atenção que a utilização dos Amicote C-VIDA pode originar aumentos de produção de grão de 200 a 500 kg/ha comparativamente com os adubos clássicos; a utilização dos Nergetic C-PRO comparativamente com adubos sem estas características ou com inibidores de nitrificação clássicos, também pode proporcionar aumentos de produção de 200 a 500 kg/ha de grão; e por fim, a diminuição da volatilização do azoto aplicado em adubação de cobertura dos Nergetic C-PRO, pode originar uma maior disponibilidade de azoto para as plantas, equivalente a 50-100 kg/ha de ureia.

Como já anteriormente foi referido, diz-nos a experiencia que na hora de eleger um tipo de adubo ou definir um plano de adubação, a escolha mais acertada nem sempre é a baseada no “preço por saco” porque se ignora o conceito da rendibilidade ou lucro da adubação. Mesmo optando-se por adubos mais caros, a solução mais rentável e interessante do ponto de vista económico, é a que contempla os adubos que originam aumentos de produção com um valor superior ao aumento de custo relativamente à adubação alternativa mais barata.

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