Zona ardida nas áreas protegidas subiu e ultrapassou os 8500 hectares

A extensão dos incêndios nas áreas protegidas aumentou 16% na comparação com o ano passado, e ultrapassou 8500 hectares, a maior parte no Parque Nacional Peneda Gerês, disse o ministro do Ambiente.

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Até segunda-feira, «em áreas protegidas, comparando com o ano passado, a área ardida aumentou em 16%, e nos 8500 hectares que arderam, há uma situação mais grave no Parque Nacional Peneda Gerês», referiu João Matos Fernandes.

Cerca de 80% do que ardeu nas áreas protegidas foi no Parque Nacional Peneda Gerês, que registou «três incêndios com expressão, no Mezio, no Ramiscal e na Peneda», relatou o governante.

«A Peneda Gerês não teve um comportamento diferente do comum do distrito de Vila do Castelo» no que respeita aos incêndios, disse o ministro.

Além dos incêndios no Parque Nacional Peneda Gerês, ocorreram em áreas protegidas dois fogos «com expressão, no Alvão e em Manteigas». Nas restantes áreas protegidas, o número de ocorrências e a dimensão foram reduzidas.

João Matos Fernandes afirmou que cerca de metade da área ardida na Peneda Gerês foi «em zonas de protecção ambiental mais elevada» e voltou a dizer que é necessário um reforço dos vigilantes da natureza, mas já há um compromisso de aumentar o número.

Quanto à prevenção, disse, «foi a adequada com os meios que tínhamos, num ano em que choveu até maio, o que retardou o início dos trabalhos».

No Gerês, ocorreram três grandes fogos, dois deles em zonas de muito difícil acesso, e «é muito difícil imaginar que tenham sido causas naturais que tiveram na origem desses incêndios», defendeu o ministro do Ambiente.

O relatório do Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF), divulgado esta sexta-feira, refere que, até segunda-feira, há registo de 320 ocorrências na Rede Nacional de Áreas Protegidas e uma área ardida de 8.545 hectares, quando, em 2015, tinham sido 6.997 hectares.

Este ano, a taxa de incidência do fogo no total das áreas protegidas foi da ordem de 1,3%.

A Peneda Gerês teve a maior superfície afectada, seguindo-se a Serra da Estrela, com 773 hectares, quando no mesmo período do ano passado já tinha ardido 3.450 hectares. 

A Rede Nacional de Áreas Protegidas em Portugal Continental totaliza 680.800 hectares.

Fonte: Lusa

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