União Europeia mantém apoio a acordo com Mercosul

Após as ameaças da ministra alemã da Agricultura, que ameaçou retificar o acordo devido à inércia governamental perantes os incêndios na Amazónia, a diretora geral do Comércio da Comissão Europeia diz ser importante manter o pacto.

Texto: Sofia Monteiro Cardoso

Apesar de reconhecer o comportamento preocupante do Governo brasileiro, Sabine Weyand, nomeada diretora geral do Comércio em junho deste ano, acredita que o acordo tem tudo para se manter. 

Esta reafirmação surge após a ministra da Agricultura alemã, Julia Klöckner, ameaçar o país brasileiro. Segundo a própria, em declarações ao jornal alemão Die Welt, "o Brasil comprometeu-se com a sustentabilidade florestal quando fechamos o acordo. Se o país não cumprir essa obrigação, não iremos assistir a tal de forma passiva". 

A ministra alemã relembrou ainda que o acordo entre a Europa e a América do Sul detém um "capítulo sobre sustentabilidade com regulamentos obrigatórios". Por conseguinte, "se estes não forem cumpridos, as reduções alfandegárias acordadas poderão não existir", isto devido à "credibilidade europeia", que acredita ser essencial manter.

Já Weyand defende que o objetivo do acordo é a "globalização". Contudo, admite que o que está a acontecer no território brasileiro pode ter futuras implicações.

O problema da Amazónia já se estende há vários dias, com Jair Bolsonaro, presidente brasileiro, e o seu Governo a teceram comentários e a tomarem decisões que não têm sido bem aceites internacionalmente. 

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