Se acha que esta crise é igual às outras, não está a prestar atenção

Nos telejornais e revistas, na boca de políticos e economistas, tornou-se um lugar comum dizer que estamos a viver uma crise. No entanto, pelo menos para já, ela existe num ambiente de crescimento económico e desemprego controlado. Depois de anos que nos fizeram duvidar dos mecanismos económicos mais básicos, este momento volta a obrigar-nos a questionar o que sabemos sobre como eles funcionam e a ajustar as nossas expectativas.

Depois do maior crescimento em meio século, a maior travagem em 80 anos. Perdas de poder de compra convivem com níveis de crescimento económico elevados, salários não acompanham a subida de preços, governos hesitantes em gastar apesar de contas públicas controladas, consumidores mais pessimistas mas a gastarem cada vez mais. Encontramos estas inconsistências um pouco por todas as economias avançadas. O Banco de Pagamentos Internacionais (BIS) diz que não há “paralelos históricos” que nos ajudem a perceber o momento que estamos a viver. Se alguém lhe disser que tudo isto é “business as usual”, desconfie. Se lhe assegurarem que basta aplicar as receitas que já conhecemos, duvide. Esta não é uma crise típica.

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Fonte: Exame 

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