"MANUTENÇÃO INDUSTRIAL" APLICADA AOS SISTEMAS DE REGA (Parte I / IV)

Por: Carlos Mendonça

Quando estudamos e recordamos os grandes cientistas e matemáticos que marcaram os séculos XVIII, XIX e XX, deparamo-nos com uma verdadeira revolução materializada em particular por inúmeros postulados matemáticos, o começo daquilo que hoje permite aos cientistas “navegar” com a mesma tranquilidade, tanto pela física quântica e a nanotecnologia como pela órbita de Marte ou de Saturno.

Como nada, mas mesmo nada acontece por acaso, já no pensamento de Laplace a forte crença no Determinismo, é o prelúdio da transformação em curso. Com efeito, raciocinando nestes termos: “nós podemos tomar o estado presente do universo como o efeito do seu passado e a causa do seu futuro”, e aplicando esta “lógica” ao mais elementar do nosso dia a dia, desde os atos mundanos à complexa teia do funcionamento das sociedades, deverá resultar uma conceção da vida e da nossa relação com os outros e com a natureza, muito mais responsável e holística.

Porquê esta introdução? Teria sido mesmo necessária, para demonstrar que a teoria e a prática da “manutenção industrial” se aplicam hoje horizontalmente a todos os setores da atividade do homem, e deverão ser uma preocupação permanente dos responsáveis de todas as atividades produtivas, cada vez mais globalizadas e competitivas, assim como não devemos deixar passar a data da revisão do nosso carro para não ficarmos apeados no meio da estrada?

Na forma de lidar com equipamentos muitos deles comuns à indústria, à agricultura e aos serviços, as tradicionais fronteiras teóricas entre setores produtivos da economia, pura e simplesmente desaparecem ou tendem a desaparecer.

O principal objetivo da manutenção de qualquer equipamento é a garantia de elevados níveis de fiabilidade e respetiva rentabilidade desse mesmo equipamento. Por isso, na abordagem que vou fazer aplicada aos sistemas de rega, não vou ignorar a intervenção humana desde a fase de projeto à da operação e manuseamento dos equipamentos. Costumo dar o exemplo da “prenda envenenada”: não me posso dar por satisfeito e por isso ficar descansado, se para compensar um sistema de rega mal projetado, instalo um bom “fusível” que de facto evita avarias graves, mas que interrompe frequentemente o funcionamento da rega, não me deixando fazer mais nada.

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