Produção de vinho na região do Douro e Porto deve aumentar 20%

A produção de vinho na região de Douro e Porto deve aumentar 20% em 2015/2016 face à campanha anterior para cerca de 1,7 milhões de hectolitros, indicam as perspetivas de colheita do Instituto da Vinha e do Vinho.

A principal região vinícola portuguesa, responsável por cerca de um quarto da produção total, deverá atingir assim o valor mais elevado desde 2010/2011, numa campanha em que se perspetiva um aumento global da produção na ordem dos 8%.

As estimativas apontam para um volume global de 6,7 milhões de hectolitros de vinho (6,2 milhões de hectolitros na campanha de 2014/2015), com crescimento da produção na generalidade das regiões, à exceção da Península de Setúbal, com uma quebra de 10%, e das regiões do Tejo e do Alentejo, onde não se prevê variação.

Além da região do Douro e Porto, também as Terras do Dão deverão aumentar a produção em 20%, para 288 mil hectolitros, face à campanha anterior, com a previsão a apontar para uvas de boa qualidade em ambos os casos.

Na Península de Setúbal, pelo contrário, espera-se uma vindima inferior em 10%, ainda que com uvas de muito boa qualidade.

«As vinhas não regadas apresentam sintomas acentuados de falta de água com provável diminuição da produção, principalmente nas castas brancas», adianta o IVV.

A região do Alentejo deverá manter-se estável em torno de 1,2 milhões de hectolitros, esperando-se um rendimento quilo/litro mais baixo, devido ao menor tamanho dos bagos, mas com melhor qualidade do vinho.

Também na região do Tejo, que deverá produzir 578 mil hectolitros, a produção será semelhante à da campanha passada.

Nas regiões Terras da Beira, Minho, Beira Atlântico e Algarve prevê-se uma subida de 10% (para 1,2 milhões de hectolitros no total), na região de Lisboa, de 11% (992 mil hectolitros) e nas Terras de Cister, de 5% (56 mil hectolitros).

Na região da Madeira, perspetiva-se «uma boa vindima ao nível qualitativo» e um crescimento de 3% (42 mil hectolitros), e nos Açores espera-se um aumento de 2% (13 mil hectolitros), exceto nas ilhas Graciosa e do Pico, devido à instabilidade das condições climatéricas.

Fonte: Lusa 

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