Produção de mirtilo floresce no Sabugal

mirtilo

Natália Fernandes, de 43 anos, trocou o Porto pela Lageosa da Raia, freguesia do concelho do Sabugal, e apostou na produção de mirtilos, em dois hectares, na Quintinha de Santo António.

O projeto agrícola - o primeiro do género que surgiu naquela região - começou em 2011 e em 2013 a proprietária plantou os mirtilos que já produziram este ano.

«A produção foi uma surpresa. Produzimos mais de 100 quilos. Vendemos diretamente ao consumidor. Dizem os especialistas que a produção demora a ter o seu efeito e que só ao fim do quarto ano é que começam a produzir. Como plantámos em maio/junho de 2013, este foi o segundo ano e a produção já foi uma surpresa. Para o ano iremos ter muito mais», disse Natália Fernandes.

O mirtilo é uma baga de cor azul-ceroso, aromática medicinal, conhecida pela sua riqueza em diversas vitaminas e tida como o fruto que contém mais antioxidantes, prevenindo, assim, sinais de envelhecimento.

A empresária agrícola contou ainda que as condições do clima existentes naquela zona raiana «são muito boas».

«O fornecedor dos mirtilos ficou surpreendido porque nós temos aqui melhores condições do que em Sever do Vouga», a zona de produção por excelência deste fruto, apontou.

O projeto agrícola representou um investimento da ordem dos 100 mil euros e foi apoiado por fundos comunitários.

Em relação ao futuro, Natália Fernandes referiu que, se «tudo correr bem», prevê expandir a produção de mirtilos e também apostar noutros frutos como a groselha, que já ouviu falar «que se dá bem aqui» na região.

Contou ainda que, no início, o projeto agrícola gerou reações negativas por parte de algumas pessoas da aldeia, que diziam que ali «nada se dava», mas o tempo deu-lhe razão na aposta que fez.
Refira-se que a economia de Lageosa da Raia assenta na agricultura e na produção animal.

Jornal A Guarda 

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