Produção de azeite nacional poderá enfrentar um bloqueio em breve

A CONFAGRI e a sua associada FENAZEITES (Federação Nacional das Cooperativas Agrícolas de Olivicultores) demonstram a sua preocupação com o setor, nomeadamente com o armazenamento do bagaço de azeitona proveniente daquela que se espera ser a maior campanha de sempre. 

Atualmente, prevê-se uma produção superior a 140 000 toneladas de azeite. As três grandes unidades de receção de bagaço de azeitona, proveniente dos lagares que processam toda a azeitona produzida no Alentejo, têm a sua capacidade estática de armazenamento praticamente esgotada.

Segundo as organizações, "falta muito pouco para que todo o setor paralise, desde a apanha de azeitona aos lagares que a transformam, facto que a verificar-se poderá provocar prejuízos incalculáveis aos agricultores e empresas ligadas ao setor. Por outro lado, um verdadeiro caos ambiental poderá ocorrer ao não haver onde colocar aquele bagaço de azeitona, cuja produção este ano se estima poder vir a atingir os 600 000 000 kgs", é possível ler-se em comunicado de imprensa..

O setor Cooperativo, através da FENAZEITES e sua associada UCASUL - União de Cooperativa Agrícolas, tem vindo há já bastante tempo a sensibilizar as entidades responsáveis para a possibilidade desta grave situação poder ocorrer e apontou agora uma reunião com a ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque. 

"A ausência da aceitação de uma estratégia global equilibrada para o setor, pelos organismos competentes, tem provocado estes desequilíbrios estruturais, que estão já a penalizar todo o setor nacional, nomeadamente em Trás-os-Montes e no Alentejo, onde o estrangulamento na receção dos bagaços de azeitona levará ao colapso das atividades relacionadas", concluem.

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