Praga afeta produção de milho e outras culturas em São Tomé

A produção do milho e outras culturas de consumo interno em São Tomé e Príncipe está comprometida este ano devido a pragas que afetam todo o país, anunciou o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Teodorico Campos.

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«Por aquilo que nós constatamos, a maneira como a praga está a dizimar as culturas, isso significa que para este ano a produção está comprometida», acrescentou o ministro, que está a visitar terras que o Estado entregou a agricultores para cultivo para se inteirar dos estragos causados.

O Governo identificou essas pragas como sendo de gafanhotos e «borboletas noturnas que atacam as plantas».

«Esta praga iniciou-se no ano passado, e foi na comunidade de Canavial (norte do país) que afetou mais os camponeses. As informações que temos hoje é que ela já está a nível de todo o país, incluído a região autónoma do Príncipe», lamentou.

O Governo manifesta-se preocupado com o nível da destruição das plantações.

«Quisemos ver mais de perto aquilo que aflige a vida dos agricultores, pois, além do milho fazer parte da dieta alimentar da nossa população, o Governo está a apostar nesse produto para a produção de ração animal», explicou o ministro numa lavra em Canavial.

A delegada para a Agricultura do centro e norte da ilha de São Tomé considera que toda a agricultura do país «esta ameaçada».

«A praga está instalada, todas as comunidades, principalmente aquelas que são produtoras de milho estão vulneráveis, porque ainda não temos uma solução imediata», explicou Aida Sequeira.

A responsável explicou que devido à falta de uma solução imediata para combater a praga, os técnicos no terreno estão apenas a «identificar a situação e levar as informações para as autoridades competentes».

«Atendendo ao avanço dos danos que as pragas estão causando do norte ao sul do país, a solução seria a utilização de um produto químico sistémico como alternativa para matar as lagartas», explicou o diretor do Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica (CIAT), Severino Espírito Santo.

O Governo vai, por isso, pedir à agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) que envie ao país um perito para ajudar a combater a praga.

Fonte: Lusa 

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