Portugueses estão a consumir mais bebidas e menos lacticínios

As famílias portuguesas estão a consumir mais. Segundo os dados mais recentes da Nielsen referentes aos primeiros sete meses do ano, os portugueses gastaram 4,281 mil milhões de euros em bens de grande consumo, o que representa um crescimento de 1,1% face a igual período do ano passado.

A higiene do lar, as bebidas alcoólicas e não alcoólicas e os congelados são as categorias com maior crescimento.

Na verdade, o consumo aumenta em todas as seções do mercado alimentar, com exceção dos lacticínios.

Uma quebra que se prenderá, muito provavelmente, afirma o diretor geral da Centromarca, «com questões mais de matriz sociológica do que propriamente com questões de mercado».

«O leite é um produto barato, portanto, não é pelo fator preço que não se vende, além de se tratar de um artigo muito bem instalado na nossa dieta alimentar. Acredito que esta quebra se prenda com um grupo crescente de consumidores que rejeita o leite por pressão dos ataques diretos a que o setor vem sendo sujeito por estudos que contestam as vantagens do consumo de leite», diz Pedro Pimentel.

Depois de se ter mantido em terreno negativo quase todo o ano de 2014, com exceção da Páscoa e do período dos santos populares, o consumo começou a recuperar lentamente no início deste ano.

E só nos últimos dois meses, os portugueses têm levado os carrinhos de compras para casa bem mais recheados, com um crescimento homólogo, em valor, de quase 3%.

Os gastos em alimentação mantêm-se relativamente estáveis, com aumentos inferiores a 1%.

Têm sido sobretudo as categorias que mais sofreram em período de crise e de retração do consumo, como os artigos de higiene do lar e de higiene pessoal, a registar maior recuperação.

Já as bebidas, desde maio, têm registado crescimento contínuo. Só em junho e julho os portugueses gastaram mais 10,5% em bebidas do que em igual período do ano passado. E a culpa é do calor. Segundo a própria Nielsen, esta recuperação face às perdas de 2014 «era expectável, uma vez que as condições climatérias têm sido mais favoráveis em 2015«.

Fonte: Dinheiro Vivo 

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