Portimão exporta salicórnia

Quando se fala em salicórnia, um produto muito na moda no mundo da alta gastronomia, o nome desta planta selvagem remete para ambientes ribeirinhos.

salicornia

Está a ser cultivada a norte da povoação da Figueira, no concelho de Portimão.

À frente da produção está o biólogo Ricardo Coelho, 30 anos, que conhecemos há cerca de quatro anos num projeto de gestão integrada de salinas, em Olhão e Castro Marim.

E também Hugo Mariano, professor de Português com 20 anos de carreira docente, mas com um mestrado em Gestão Sustentável de Espaços Rurais. Encontraram-se por acaso, à mesa do café, concluíram que tinham interesses comuns e a ideia nasceu.

«O nosso projeto consiste na produção intensiva de salicórnia. Embora esteja associada às zonas costeiras, vamos fazer a cultura no interior, o que lhe dá um caráter de inovação muito grande.Este é o segundo projeto deste tipo em Portugal e o terceiro na Europa. Beneficiamos do apoio comunitário PDR2020, com 50 por cento do custo de instalação das estufas. O resto foi capital próprio e financiamento bancário», revela Ricardo Coelho.

A salicórnia pode ser usada como substituto do sal, ou picada, usada em saladas e numa grande panóplia de pratos.

Em França, nas localidades junto ao mar, é costume, nos mercados, o peixe ser vendido com a salicórnia para acompanhar.

Em Portugal, não é muito usada, embora haja relatos de pessoas ligadas às salinas que a consumiam há muitos anos. Sabendo que a planta requer água salobra, porque o sal é fundamental para o seu crescimento, a localização destas estufas pode parecer estranha.

Saiba mais aqui.

Fonte: Barlavento 

Regiões

Notícias por região de Portugal

Tooltip