Politécnico de Leiria cria novos produtos para indústria florestal sustentável

O Centro para o Desenvolvimento Rápido e Sustentado do Produto do Instituto Politécnico de Leiria (CDRSP/IPLeiria) vai inventar novos produtos e processos de modo a contribuir para que a indústria florestal seja mais sustentável.

floresta

Em nota de imprensa, o IPL informa que o CDRSP pretende «tirar mais partido do potencial da floresta e contribuir para que a fileira seja mais sustentável, através da valorização dos produtos e subprodutos de origem florestal, e da invenção de novos produtos e processos com base neste recurso natural».

O centro de investigação está a aprofundar contactos com vários agentes da indústria florestal para que se encontrem novas tecnologias e produtos a partir da floresta, um recurso natural que tem «particular impacto na região Centro, mas que está subaproveitado, e onde se podem introduzir processos mais sustentáveis», refere ainda a nota de imprensa.

A visão do Politécnico de Leiria para o setor passa por proteger a floresta e reforçar a economia e a indústria nela baseada, salienta o CDRSP, acrescentando que «tem vindo a trabalhar em vários projetos para valorização industrial dos produtos/subprodutos florestais sob a alçada do FAVAM - Forest Added Value Advanced Materials».

Segundo o centro de investigação, o FAVAM inclui já vários projetos em desenvolvimento, nomeadamente de «monitorização da floresta, plantação através de drones, aproveitamento da madeira para desenvolvimento e design de produtos inovadores, desenvolvimento de produtos avançados e sustentáveis, invenção de sistemas inovadores para moldes inteligentes de materiais à base de madeira, e compósitos bioativos provenientes da floresta».

Precisando, os investigadores do Politécnico de Leiria desenvolveram materiais avançados com base em matéria-prima da floresta, para aplicação em diversos novos fins.

Exemplo desses novos fins é a utilização de resina de pinheiro para isolamento, através de eco espumas já patenteadas, e em aplicações médicas, nomeadamente na regeneração de tecidos e ossos. Um outro produto já estudado são vigas para construção em madeira lamelada colada de pinho bravo, revela o comunicado.

Citado na nota de imprensa, o diretor do CDRSP/IPL, Nuno Alves, explicou que «o CDRSP/IPL tem vindo a desenvolver projetos para capitalizar diversos produtos florestais, pensando 'verde' os processos de fabrico e de construção, e desenvolvendo tecnologia com o objetivo de passar o conhecimento para as empresas, e atribuir mais interesse económico a toda a fileira, e aos subprodutos que agora não têm valor».

O CDRSP/IPLeiria juntou no simpósio Direct Digital Manufacturing from Forest (impressão digital direta/impressão 3D com base na floresta) diversos agentes do setor para fortalecer o espírito de diálogo e mostrar as potencialidades da impressão tridimensional aplicada a esta fileira, no sentido de contribuir para criar conhecimento, e passá-lo à indústria.

O encontro contou com a participação da AIFF - Associação para a Competitividade da Indústria da Fileira Florestal, da Associação Centro PINUS, da Resipinus - Associação de Destiladores e Exploradores de Resina, das empresas Respol Resinas SA e Amorim Isolamentos SA, do Centro de Inovação e Competências da Floresta, e da Universidade de Coimbra.

Fonte: Lusa

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