Pastagens e forragens com produção acima da média

Segundo o Boletim Mensal de Agricultura e Pescas do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo a setembro, os prados e pastagens de sequeiro apresentam-se secos, praticamente sem biomassa disponível e com reduzido valor nutritivo.

Pastagens

Os agostadouros, que têm sido utilizados nos últimos dois meses como fonte alimentar dos efetivos de muitas explorações de regime extensivo, estão esgotados. A alimentação dos efetivos está a ser assegurada com recurso a alimentos conservados (palhas, fenos, feno-silagens e silagens), num ano em que a produção forrageira foi superior ao normal (globalmente prevê-se que 20% superior) e onde, apesar do aumento do ritmo do consumo destes alimentos, deverá ser possível armazenar quantidades suficientes para assegurar as necessidades nutricionais dos efetivos nos períodos de maior escassez das pastagens.

Campanha do arroz prossegue com dificuldades

As previsões apontam para a manutenção da produtividade do milho (de regadio e de sequeiro) face à campanha anterior, mantendo-se a níveis muito próximos da média dos últimos cinco anos. O desenvolvimento vegetativo tem sido bom, estando já a ocorrer o processo de secagem natural do grão no campo.

Registo para a presença frequente de javalis nas searas em busca de alimento (especialmente em Entre Douro e Minho, na Lezíria do Tejo e no Baixo Sorraia), destruindo áreas consideráveis de milho. 

Quanto ao arroz, também se prevê a manutenção na produtividade da campanha anterior (5,4 toneladas por hectare), uma das mais baixas dos últimos 25 anos. De facto, a evolução das searas continua heterogénea: observa-se um bom desenvolvimento vegetativo no Baixo Mondego, beneficiando das condições meteorológicas favoráveis (temperaturas amenas e ausência de fortes neblinas matinais); no Ribatejo e Oeste e Alentejo os povoamentos são irregulares, tendo-se registado problemas em assegurar o alagamento dos canteiros na Península de Setúbal.

Mais vasto (atingindo todas as regiões) é o problema da dificuldade no controle de infestantes (principalmente da milhã), situação recorrente e habitualmente atribuída às resistências adquiridas decorrentes do uso continuado dos mesmos herbicidas (por existência de poucas substâncias ativas homologadas para este fim e para esta cultura). 

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