Ministro da Agricultura cria gabinete de crise para acompanhar leite e suinicultura

leite

O ministério da Agricultura vai criar estrutura com representantes da produção, indústria e distribuição para enfrentar dificuldades conjunturais dos dois setores.

O ministério de Capoulas Santos «decidiu criar um gabinete de crise para acompanhamento dos setores do leite e da suinicultura», anunciou a tutela esta quarta-feira, 16 de dezembro, em nota às redações.

Segundo o comunicado, esta será «uma estrutura de apoio multidisciplinar que tem como missão encontrar soluções para as situações que os setores atualmente atravessam e para prevenir crises futuras».

«A estrutura», adianta a nota, «deverá incluir» representantes «da produção e da indústria", assim como do sector da distribuição, já que a APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, actualmente liderada pela Jerónimo Martins (Pingo Doce) e vice-presidida pela Auchan Portugal (Jumbo/Pão de Açúcar) e pela Sonae (Modelo Continente) já mostrou a sua vontade em aderir ao gabinete de crise.

«A estrutura», adianta a nota, «deverá incluir» representantes «da produção e da indústria», assim como do setor da distribuição, já que a APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, atualmente liderada pela Jerónimo Martins (Pingo Doce) e vice-presidida pela Auchan Portugal (Jumbo/Pão de Açúcar) e pela Sonae (Modelo Continente) já mostrou a sua vontade em aderir ao gabinete de crise.

O ministro da Agricultura recebeu os representantes da APED, «na sequência do programa de audiências setoriais que está a levar a cabo e também no seguimento da reunião que manteve com o Comissário Europeu da Agricultura no início desta semana em Bruxelas», explica a nota.

Na comunicação do ministério, Capoulas Santos, citado, justifica: a criação do gabinete visa «procurar gerir equilíbrios na relação entre os diferentes elementos da cadeia que liga os produtores aos consumidores, designadamente entre os setores da produção, transformação e distribuição, através de um processo de diálogo constante e consistente».

O setor do leite da União Europeia vive, desde 1 de abril deste ano, sem as quotas leiteiras à produção, determinada na última reforma da PAC – Política Agrícola Comum.

Os efeitos da liberalização do mercado levaram a várias manifestações em Bruxelase em Lisboa nos últimos meses, tendo os produtores agropecuários obtido um reforço de 500 milhões dos apoios comunitários, nos quais o valor conferido a Portugal foi de 4,8 milhões de euros.

A par da conjuntura, adversa, da liberalização do setor leiteiro no atual contexto – retração do consumo interno na Europa, da Rússia e da China – os mesmos fatores, em conjunto com as consequências da Organização Mundial de Saúde sobre o consumo de carne têm vindo a penalizar as vendas dos setor suinicultura.

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