Ministério da Agricultura quer mais dinheiro para prevenção de incêndios

O Ministério da Agricultura quer equilibrar os gastos com incêndios florestais, reforçando o lado da prevenção.

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Em declarações à Renascença, o secretário de Estado das Florestas, Miguel Freitas, lembra que, habitualmente, Portugal gasta anualmente 120 milhões de euros em incêndios florestais, dos quais 80 milhões no combate, 40 milhões na prevenção.

Miguel Freitas aposta em dividir o bolo em metades iguais.

«Esta é uma das questões essenciais e julgo que seremos capazes de equilibrar, em cinco anos, 60 milhões/60 milhões. É um bom objetivo», diz.

«É para isso que o Ministério da Agricultura está a trabalhar para apresentar propostas concretas, no seio do Governo, para sermos capazes de ter mais e melhor prevenção para que no futuro o combate possa ser reduzido», acrescenta.

Miguel Freitas revelou ainda que, no âmbito do PDR 2020 serão reforçadas as linhas de apoio que, em julho, levaram a que muitos projetos de defesa da floresta ficassem sem financiamento.

«A defesa da floresta contra incêndios é uma prioridade nesta matéria», adiantando que uma das linhas de financiamento terá um reforço de 25 milhões de euros (Operação 8.1.3 - Prevenção da Floresta contra Agentes Bióticos e Abióticos) e outra 30 milhões de euros (Operação 8.1.5 - Melhoria da Resiliência e do Valor Ambiental das Florestas).

Miguel Freitas revela que estão ainda a fazer a reprogramação dos concursos do PDR 2020. O dossier só deve ficar fechado a 15 de outubro, altura em que segue para Bruxelas.

O secretário de Estado das Florestas deixa claro, no entanto, que as verbas «nunca serão suficientes para todos» e, por isso, «terão que ser feitas escolhas».

Para ajudar a alcançar este objetivo, Miguel Freitas explica que os anúncios para o PDR 2020 serão feitos a nível regional e não a nível nacional. Será também imposto um limite ao valor dos projetos.

«Os projetos até agora tinham a possibilidade de chegar a cinco milhões de euros. Vai passar a ser, no máximo, se for público, dois milhões de euros e, no máximo, um milhão de euros, se for privado. Isso permitirá que haja mais dinheiro para mais projetos», remata. 

Fonte: Renascença

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