Governo quer duplicar área agrícola biológica

agricultura biologica

Encontra-se, neste momento, em discussão pública a Estratégia Nacional para a Agricultura Biológica (ENAB).

O documento foi apresentado na semana passada pelo ministro da Agricultura Capoulas Santos e pretende, entre outros objetivos, «duplicar a área de agricultura biológica para cerca de 12% da superfície agrícola utilizada».

A região do Alentejo representa 63,8% do total nacional.

O documento apresentado estabelece cinco objetivos estratégicos e 10 metas a atingir na próxima década: fomentar a expansão das áreas de produção biológica na agricultura, pecuária e aquicultura; aumentar a oferta de produtos agrícolas e agroalimentares; desenvolver a procura; promover o conhecimento e elevar as competências dos profissionais; e dinamizar a inovação empresarial.

Se estes objetivos estratégicos obtiverem êxito, a área ocupada pela agricultura biológica deverá duplicar e a produção de frutícolas «destinadas ao consumo direto e transformação» será multiplicada por três.

Duplicar a produção pecuária e a capacidade interna de transformação também é uma das metas a atingir, bem como aumentar em 50% o consumo de produtos biológicos.

Para que isso seja uma realidade, o documento prevê um «reforço da capacidade técnica com a duplicação do número de técnicos credenciados» e o aumento «em pelo menos 20% a capacidade de oferta formativa».

Está ainda previsto a instalação em cada região agrária de uma unidade experimental certificada.

Alentejo na frente Dos 239 864 hectares ocupados por explorações agrícolas em modo biológico, 63,8% (152 969 hectares) são na região do Alentejo, o que representa 7,8% da superfície agrícola utilizada no todo nacional, existindo 959 explorações na região, tendo cada uma, em média, 160 hectares.

No todo nacional as pastagens e a forragem ocupam 77,6% do espaço, enquanto o olival se fica pelos nove por cento.

No polo oposto, e com muita margem de crescimento, aparecem a horticultura (0,6%) e plantas aromáticas (0,5). Os frutos secos (3,7), as culturas arvenses (3,2), a fruticultura (2,5) e a vinha (1,1) são as outras culturas referidas no documento.

A superfície cultivada com pastagens, culturas forrageiras, culturas arvenses, pousio e olival, bem como a horticultura, têm a sua maior representatividade na ocupação cultural das explorações em agricultura biológica do Alentejo. Já a fruticultura aparece dividida entre a Beira Interior e Alentejo.

Em 2015, o efetivo bovino localizava-se essencialmente na região Alentejo, correspondendo a cerca de 69% do total, na Beira Interior com cerca de 18% e no Ribatejo e Oeste com cerca de seis por cento, com o Alentejo a concentrar «o maior número de efetivos pecuários explorados em agricultura biológica da espécie bovina, ovina e suína».

Fonte: Diario do Alentejo  

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