Governo da Madeira prepara plano estratégico para produção de cana-de-açúcar

cana de acucar

O presidente do Governo da Madeira anunciou que o Executivo está a elaborar um plano estratégico para a cana-de-açúcar no arquipélago, uma cultura que teve, em 2015, uma produção na ordem das nove mil toneladas.

«Já está em elaboração um plano para cana sacarina da Madeira para salvaguarda dos interesses dos produtores, dos engenhos e dos produtos derivados da cana», disse Miguel Albuquerque num encontro com produtores do setor que teve lugar no Engenho da Calheta, na zona oeste da ilha da Madeira.

O governante considerou que este plano estratégico «é importantíssimo, sobretudo num ano em que a região atingiu uma produção de quase nove mil toneladas na cana sacarina, em que a venda do rum subiu 17% e os licores cinco por cento».

«Na vida, como nestes setores ligados a agricultura, indústria e comercialização, é fundamental ter orientações estratégicas para médio e longo prazo, para não sermos apanhados desprevenidos caso haja uma flutuação repentina de mercado», argumentou o chefe do executivo madeirense.

Miguel Albuquerque assegurou que «o Governo da Madeira vai fazer todo o possível e impossível para continuar a apoiar os produtores, os engenhos que fazem a transformação do produtos e distribuição dos produtos que têm “Marca Madeira”, que são de excelência para introduzir no mercado nacional e internacional».

Por seu turno, falando aos jornalistas, o secretário regional da Agricultura e Pescas, Humberto Vasconcelos, complementou que este plano estratégico «vai começar a funcionar este ano», esperando que esteja «concluído e aprovado» em fevereiro de 2016.

Este responsável indicou que será um instrumento que visa «uma estratégica consolidada para o setor», garantindo o preço, a qualidade e o escoamento.

«O objetivo do plano é pôr a oferta muito idêntica à procura: queremos que os produtores tenham escoamento garantido e haja o mínimo de intervenção do Governo para acudir a algum excesso de produção», especificou, mencionando ser «ainda possível crescer um pouco pelo atual conjunto de engenhos que existem».

Humberto Vasconcelos referiu que, neste momento, a secretaria está a «analisar as reais condições» e a «efetuar um levantamento de todas as produções» do setor, pretendendo, entre outros aspetos, «limitar a produção, devido à qualidade da cana» e introduzir a graduação.

Com a entrada em vigor do plano, «quando alguém quiser produzir cana tem de pedir autorização para não provocar o desequilíbrio do mercado», disse o governante, sublinhando que este «tem potencial para crescer» e teve, em 2015, «o melhor crescimento nos últimos 10 anos», esperando que o governo madeirense aposte em «alguma parceria» para a exportação e no aumento das vendas para o mercado nacional, baixando o imposto.

Humberto Vasconcelos indicou que na Madeira existem 806 produtores de cana sacarina, vincando ser «um produto muito apetecível, com grande procura dos derivados, que o Governo vai continuar a apoiar».

Fonte: Lusa 

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