Global Food Forum: Moldar a agricultura, as áreas rurais e a riqueza da UE nas próximas décadas
A 4ª edição do Global Food Forum aconteceu entre os dias 2 e 3 de dezembro, no Parlamento Europeu, em Bruxelas. O evento reuniu mais de 300 políticos, economistas e líderes de decisão institucionais, bem como representantes da sociedade civil e académicos.
O evento foi uma oportunidade para traçar orientações para o futuro das políticas da UE, com impacto nos sistemas agroalimentares do território, incluindo a Política Agrícola Comum (PAC) e a sua relação. Um relatório completo deste processo participativo será apresentado no final do próximo ano aos líderes da UE.
"É hora de declarar uma política económica, social e de emergência ambiental para a agricultura da UE. Agricultura europeia, as suas áreas rurais e agricultores estão a enfrentar mais desafios do que nunca e não possuem as ferramentas suficientes para poder superá-los por si mesmos", é possível ler-se no comunidade de imprensa. "Assim, dados os desafios sociais, económicos e ambientais, a União Europeia precisa de uma PAC forte, eficaz, comum e adaptada às realidades da rica diversidade de uma União Europeia. Uma PAC capaz de durar pelo menos uma década e poder delinear, com sucesso, quais sistemas agrícolas e alimentares e que tipo de áreas rurais queremos para os europeus até 2035.
"Por conseguinte, a PAC deve voltar a ser uma política de investimento para o futuro da União Europeia e deve ter como objetivo cumprir os objetivos de garantir não apenas a segurança alimentar, mas para preservar efetivamente o meio ambiente e manter uma forte rede agrícola, base do desenvolvimento territorial da UE, a fim de manter a União Europeia como o maior exportador mundial de bens agrícolas e alimentares".
O desafio para quem tem que decidir sobre futuras políticas europeias não é apenas reconciliar expectativas sociais e desafios econômicos, mas colocá-los em sinergia, concentrando-se na PAC o desafio do duplo desempenho de nossa agricultura: nenhum benefício econômico sem mais proteção ambiental, nenhuma proteção ambiental sem benefício económico.
Durante o Fórum, os eurodeputados, oradores e participantes tiveram a oportunidade de participar da discussão proveitosa.
Entre outras medidas, a reforma da PAC deve focar-se:
- no incentivo à transição da agricultura europeia para uma atmosfera neutra em carbono nos sistemas agrícolas,
- nos investimentos e inovações na cadeia alimentar - como os setores agrícolas precisam aproveitar rapidamente as oportunidades digitais, tanto para os seus relacionamentos com os consumidores, quanto para seus clientes.
- no desempenho económico e ambiental.
- no apoio a ferramentas de seguro contra riscos climáticos e fundos mútuos para estabilização de renda e reserva europeia, eficaz para gestão de crises.
- na promoção de um modelo alimentar europeu de qualidade.
Tais ações podem preparar o caminho a seguir para encontrar a PAC certa, com as ferramentas certas para implementá-la e ajudar os agricultores europeus para que, em troca, possam ajudar a Europa e seus cidadãos.
Assim, em geral, a reforma da PAC deve ser projetada para desenvolver tais estratégias, implementar o núcleo de um acordo verde eficiente quando se trata de agricultura, gerenciar áreas rurais, equilibrar a cadeia alimentar e colocar a nutrição e boa comida no cerne dos hábitos dos europeus.
Já é possível consultar os objetivos propostos a fundo.
