Gaia vai ter novo centro de visitas para vinho do Porto

Animar a diversificar a oferta turística das caves de vinho do Porto, em Gaia, é o objetivo do novo centro de visitas da Taylor’s que terá mais tecnologia e interatividade e que deverá abrir em março de 2016.

vinho do porto

«É altura de reinventar», explicou Adrian Bridge, diretor geral da holding “The Fladgate Partnership”, detentora das caves Taylor’s, Kroft, Fonseca e Krohn e para quem nos atuais 16 centros de visitas tradicionais que existem em Gaia «a oferta turística é limitada».

A finalidade do novo centro é alterar o modelo tradicional, a funcionar na Taylor’s já há 35 anos, em que «o cliente chega, dá a voltinha com o guia, senta e prova», ficando limitado à «qualidade do guia» e ao tempo da visita que não ultrapassa os 20 a 30 minutos.

A empresa quer agora dar ao turista «a oportunidade de fazer a sua própria experiência» nas caves, podendo fazer a visita sozinho com recurso a um áudio guia e tendo depois uma prova acompanhada.

O objetivo «é alterar o modelo e usar mais tecnologia e interatividade com áudio guias», destacou o responsável para quem assim será possível «animar e diversificar a oferta turística», aumentando o número de visitantes durante o ano inteiro e eliminando a época baixa.

«Estamos a fazer um investimento de um milhão de euros para fazer um centro de visitas mais ligado ao século XXI», realçou Adrian Bridge, segundo o qual o novo espaço terá a capacidade para receber «o dobro» dos atuais 86 mil visitantes por ano.

O novo centro de visitas da Taylor’s, que deverá abrir em março, irá funcionar entre as 10h00 e as 18h00 horas durante o ano todo, terá uma sala VIP de provas, vídeos explicativos, acesso a pessoas com mobilidade reduzida, museu, história da família por detrás da Taylor’s e, para começar, áudio guias em cinco línguas, nomeadamente, Português, Inglês, Francês, Espanhol e Alemão.

Com o audioguia, que numa segunda fase estará disponível em 10 línguas, o diretor geral acredita que o turista terá acesso a uma história sempre correta e a «tecnologia com mais imagens e mais interatividade».

Numa altura em que se fala na eventual classificação pela UNESCO das caves de Gaia, o diretor geral da “The Fladgate Partnership” lembra que «é importante preservar a história sim, mas mais importante é não congelar».

«O risco de classificação é o de congelar e, dentro de 10 a 15 anos, corre-se o risco de haver um centro em ruínas», destacou. As caves têm interesse em manter alguns espaços para atrair turistas mas, e segundo Adrian Bridge, querem deslocar os armazéns de vinho do Porto para mais próximo da zona de produção no Douro, até pela própria segurança dos trabalhadores.

Quanto à classificação pela UNESCO, que já em novembro levou a Associação de Empresas do Vinho do Porto (AEVP) a assumir ter algumas preocupações quanto às limitações que tal implica, Adrian Bridge defende que deve haver «diálogo entre os donos dos armazéns de vinho do Porto em Gaia e quem quer fazer a candidatura» e que este é o momento ideal para encetar conversações.

Fonte: Lusa 

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