Fora dos concelhos ajudados, seca extrema também afeta Idanha-a-Nova

Não reconhecido como em situação de seca severa, o concelho reivindica agora apoios junto do Governo, emitindo uma solicitação junto do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. 

Texto: Sofia Monteiro Cardoso

A Câmara Municipal de Idanha-a-Nova espera que os seus "agricultores também possam ter acesso a medidas de apoio para fazer face à seca existente e assim conseguirem prosseguir com as suas culturas e contribuírem para a dinamização da economia local, em detrimento de enormes prejuízos”, como é possível ler-se em comunicado emitido pelo município.

É defendido que o problema da seca no concelho não é de hoje e que "tem sido agravado pela fraca precipitação e as elevadas temperaturas que têm ocorrido nos últimos anos”, realçando que “devido a estas condições meteorológicas, o concelho ao nível da agricultura tem dificuldades significativas, existindo explorações em que a escassez de água compromete o abeberamento dos animais e a manutenção das culturas permanentes instaladas”.

Durante 2019, as consequências da seca têm vindo a sentir-se em vários concelhos do país. Para a Câmara, essas “podem ser diretas e indiretas, destacando-se o deficiente fornecimento de água para abastecimento urbano, os prejuízos na agricultura, na indústria e na produção de energia hidroelétrica, os incêndios florestais, os problemas fitossanitários, o aumento da concentração de poluentes nos meios hídricos e consequente degradação da qualidade da água, a erosão do solo e, a longo prazo, a desertificação”. Todos estes são problemas que afirmam existir no concelho deixado de parte. 

O Município considera que o não reconhecimento enquanto concelhon afetado pela seca “limita o acesso dos nossos agricultores a determinados apoios financeiros, para as aquisições de equipamentos de captação, distribuição e armazenamento de água, bem como as respetivas operações de prospeção, que lhes permitam para dar resposta às necessidades de abeberamento do gado”.

Espera-se agora uma resposta por parte do Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural. 

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