Evolução da produção média de azeite em Portugal e na Europa

Em 2019, verificou-se um crescimento sustentado ao longo do tempo em Espanha, Turquia, Marrocos e Portugal, ao invés do decréscimo que se constata em Itália, Grécia e Tunísia. 

Azeite

Na newsletter mensal da CAP (Confederações dos Agricultores Portugueses) é possível constatar estes dados. 

A nível global, a Síria continua a ser prejudicada pela situação de instabilidade política que vive, a Itália continua a ser severamente afetada pela bactéria Xylella fastidiosa, a Grécia é afetada pelas alterações climáticas e a Espanha continua a ser, sem dúvida, a grande potência produtiva a nível mundial.

Em relação ao território nacional, a CAP afirma que a Beira Interior continuar a ser uma zona de produção extremamente importante no passado, com acentuado declínio nas últimas décadas, e que se tem concentrado no sequeiro. As variedades predominantes foram a "Galega" e alguma "Cobrançosa", nas explorações de pequena dimensão. A produção esteve concentrada em cooperativas e lagares privados de pequena dimensão e a atual orientação preferencial no mercado foca-se nos azeites premium, DOP e biológico.

Trás-os-Montes surge como a egunda região produtora, com olival tradicional de sequeiro com elevado declive e onde as variedades predominantes são a "Verdeal", "Cobrançosa" e "Madural". As restantes diretrizes são idênticas às da Beira Interior.

O Ribatejo tem vindo a recuperar do declínio que ocorreu nas últimas décadas e tem, mais recentemente, experimentado o olival intensivo e super-intensivo. A atual orientação preferencial no mercado são os azeites DOP e biológicos, juntamente com comercialização a granel.

O Alentejo divide-se em duas partes, onde uma  apresenta olival intensivo e super-intensivo - cerca de 75.000 ha (42,8% da área de olival da região) - e onde as principais variedades são a "Cobrançosa", "Arbequina", "Picual", "Arbosana" e "Koroneiki". As explorações são de média e grande dimensão com regadio, elevadas produtividades e custos de produção / kg de azeite relativamente baixos.

O olival tradicional apresenta-se em 100.000 ha (57,2% da área de olival região) e as principais variedades são "Galega", "Verdeal" e "Cordovil". As explorações são de média dimensão, maioritariamente de sequeiro, e as produtividades são inferiores às dos olivais intensivos e super-intensivos. Os custos de produção / kg de azeite continuam elevados.

Pode aceder à newsletter da CAP para mais detalhes. 

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