EUA analisam impacto na agricultura do TTIP com a UE

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O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos publicou uma informação intitulada “A agricultura no Acordo Transatlântico de Comércio e Investimento: Tarifas, Quotas e Medidas não-tarifárias”, que analisa o impacto que teria a conclusão de um acordo entre os Estados Unidos (EUA) e a União Europeia (UE).

O documento revela que no setor agrícola, EUA beneficiariam muito mais que a UE do acordo, segundo declarou o eurodeputado belga Marc Tarabela na Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu na semana passada.

O estudo utiliza modelos de simulação para avaliar os efeitos do Acordo Transatlântico de Comércio entre os EUA-UE (TTIP, sigla em inglês) na agricultura em três cenários distintos.

Num primeiro, a eliminação total das tarifas e dos contingentes, no qual as exportações agrícolas dos EUA para a UE cresciam em 5,5 milhões de dólares desde o ano base, 2011, enquanto as exportações agrícolas comunitárias para os EUA aumentavam em 0,8 milhões de dólares.

A carne e o leite seriam os produtos agrícolas norte-americanos cujas exportações cresceriam mais em termos percentuais.

Num segundo cenário, a eliminação de certa medidas não-tarifárias, junto com taxas e quotas. As medidas não-tarifárias impostas geralmente no comércio agrícola compreendendo medidas sanitárias e fitossanitárias que ajudam a garantir a segurança alimentar, mas também criam obstáculos técnicos ao comércio ao requerer certas características específicas aos produtos importados.

Neste cenário, a eliminação adicional de algumas medidas não-tarifárias, coo por exemplo, carnes, grandes culturas e frutas e hortícolas, levaria a um aumento das exportações dos EUA para a UE por uma quantidade adicional de 4,1 milhões de dólares de lucro em comparação ao primeiro cenário.

Para a UE, a supressão das medidas não-tarifárias poderia gerar um lucro adicional de 1,2 milhões de dólares em exportações para os EUA.

As saídas de carne de porco dos Estados Unidos para a UE aumentavam em 2,4 milhões de dólares e as exportações de frutas e hortícolas da UE para os EUA cresciam 495 e 613 milhões de dólares, respetivamente.

Em geral, as importações e exportações agrícolas dos EUA subiam quase o dobro da percentagem do primeiro cenário, enquanto as importações agrícolas da UE cresciam em um por cento e as exportações agrícolas diminuíam.

Num terceiro panorama, ou seja, o fim de certas medidas não-tarifárias e repercussão na procura interna. A eliminação de certas medidas não-tarifárias poderia levar a uma preferência dos consumidores por produtos nacionais frente aos importados.

Em breve, esta informação será alvo de debate no âmbito da Comissão de Agricultura do Parlamento Europeu.

Fonte: Agrodigital 

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