Douro: relatório de danos nas vinhas enviado para o Governo

A Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) prevê enviar ainda esta qunta-feira (11 de junho) à tutela um relatório com os prejuízos causados pela intempérie de dia 9 nas vinhas do Douro, algumas com perdas de 80% da produção.

«Estamos a fazer a recolha dos dados dos estragos verificados em Murça, Alijó, Sabrosa e também na margem sul do Douro nas localidades de Moimenta da Beira e Armamar», explicou o diretor regional Manuel Cardoso, destacando que para além da vinha, o mau tempo também afetou plantações de maçã.

Enquanto a DRAPN procede ao levantamento de dados, os proprietários dos terrenos danificados também terão de comunicar os prejuízos sofridos o que dará origem a um relatório preliminar a enviar ao Ministério da Agricultura.

Sobre os valores preliminares já levantados, Manuel Cardoso relatou existirem parcelas em Murça afetadas em mais de 50% da produção e «alguns casos chegam aos 80%».

Perante a intempérie e os prejuízos cujo valor ainda não é possível estimar, o diretor regional apela aos produtores que adiram aos «seguros coletivos que existem para a vinha» e que «são vantajosos», com valores «apelativos» como «sete a oito euros por pipa».

O responsável assinalou ainda ter já sido emitido um aviso agrícola sobre os tratamentos químicos de emergência que devem ser feitos «nestas alturas».

Em comunicado a Câmara Municipal de Murça refere que «para além das vinhas, foram afetadas todas as restantes culturas agrícolas, muros de suporte e caminhos agrícolas, ficando com largos quilómetros totalmente intransitáveis».

«Numa primeira análise, estima-se que, exclusivamente em vinho, haverá um prejuízo de meio milhão de euros», acrescenta a autarquia que depois da «enorme precipitação de chuva torrencial seguida de queda de granizo», deslocou ao local a sua equipa de intervenção.

A autarquia lembra que «foram cerca de 20 minutos de chuva com forte intensidade e queda de granizo provocando avultados prejuízos nas vinhas», particularmente no lugar da Serra, em Val Moreira e em parte do Barroco.

A Câmara de Murça salienta já depois do mau tempo «a maioria dos agricultores, como medida paliativa, fez aplicações com substâncias à base de cálcio e boro para colmatar e tentar vitalizar os tecidos afetados da planta».

Fonte: Lusa 

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