Criação de Centro de Excelência para a Agricultura custa cerca de 5,2 milhões de euros

A verba é o montante disponibilizado para a Estação Zootécnica Nacional, situada em Santarém, se transformar num Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria.

Texto: Sofia Monteiro Cardoso

O objetivo passa por aumentar a investigação e desenvolvimento na área da Lezíria do Tejo, no Alentejo. Segundo a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT) e o INIAV, I.P. (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária), os principais impulsionadores do projeto, é de cariz essencial "fomentar a investigação e o desenvolvimento tecnológico nos setores agropecuário, agroalimentar e agrícola", como é possível ler-se no comunicado emitido em conjunto.

O CEAAI – sigla pela qual o novo Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria será conhecido – surge em resposta à "insuficiente rede de infraestruturas I&D e centros tecnológicos". Com o novo centro é pretendido "reunir conhecimentos e competências especializadas e alojar empresas inovadoras" e adquirir equipamentos com "mais e melhores valências e competências no suporte tecnológico e laboratorial".

O investimento foi aprovado pelo Programa Operacional do Alentejo. A EZN foi a escolhida devido aos serviços e meios já existentes na estação, que serão agora otimizados. Nos seus 240 hectares, a estação concentra infraestruturas de experimentação animal, diversos laboratórios e um centro de documentação e informação.

A principal missão deste ambicioso projeto passa por "contribuir para a modernização, competitividade e desenvolvimento sustentável do setor agropecuário, agroalimentar e agrícola, promovendo a criação de valor através de sinergias entre cadeias produtivas". Contudo, este não é o único.

Segundo o comunicado, o centro será “ fortemente orientado para as empresas portuguesas, em particular para aquelas com maior incorporação de tecnologia e potencial exportador" e um “ecossistema atrativo para empresas multinacionais”. É ainda objetivo futuro impulsionar o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, que irão beneficiar com "a investigação à medida, dedicada ao serviço exclusivo para cada empresa”.

Relativamente ao desenvolvimento individual, é expetável que a atividade do centro passe pela articulação com diversas entidades de ensino, desde a formação técnico-profissional, à universitária e pós-graduada. Além disso, revela-se de cunho essencial a “fixação de recursos humanos altamente qualificados”.  

A câmara de Santarém, o Agrocluster da Associação Empresarial da Região de Santarém (NERSANT), o Instituto Politécnico de Santarém (IPS) e a Universidade de Lisboa (UL) são as outras entidades envolvidas no projeto, que se iniciou há quatro anos, com a assinatura de um protocolo de cooperação.

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