Copa-Cogeca é favorável às novas normas de uso de fertilizantes biológicos

O Copa-Cogeca, organização europeia que representa agricultores e cooperativas, recebeu favoravelmente as novas normas da Comissão Europeia para incentivar o uso de fertilizantes biológicos e baseados nos resíduos.

fertilizantes

No entanto, Bruxelas alerta que estes não resolvem o verdadeiro problema.

O secretário-geral do Copa-Cogeca, Pekka Pesonen, refere em comunicado enviado às redações, que «os mercados agrícolas atravessam uma grave crise e os preços pagos aos agricultores nem cobrem os custos de produção. Os fertilizantes minerais são uma matéria prima chave para os agricultores e as cooperativas agroalimentares, já que representam 30% dos custos variáveis em todos os setores».

Como primeiro resultado do pacote da economia circular, Pesonen afirma que recebem favoravelmente esta proposta e espera que se estenda no domínio da regulamentação da União Europeia (UE) sobre os fertilizantes biológicos, para que os agricultores europeus disponham de uma maior eleição de fertilizantes e melhor acesso aos mesmos.

«Contudo, estas novas normas não vão resolver o verdadeiro problema nem qualquer impacto significativo».

O responsável disse que «efetivamente, os agricultores não utilizam apenas fertilizantes minerais como também os produzem, sendo que algumas regiões estão em situação de excedentes, enquanto outras têm escassez dos mesmos. Embora a proposta não contemple a possibilidade de substituir os fertilizantes à base de estrume por minerais, então carece de realismo».

Para os agricultores europeus, esta parece ser apenas uma operação se “cosmética”, tendo em conta que não podem utilizar produtos inovadores como os concentrados minerais derivados de estrume.

Por outro lado, há uma preocupação quanto à redução dos níveis máximos de cádmio inferiores aos 60mh/Kg P2O5, que poderá impor uma maior pressão aos custos de produção dos fertilizantes à base de fosfato. O qual vai no sentido de uma proposta do Copa-Cogeca para a redução a zero das taxas dos fertilizantes de forma a reduzir os custos de importação.

Por tudo isto, o Copa-Cogeca pede a Bruxelas que tome as medidas necessárias. 

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