Contributo para a avaliação da evolução da maturação do medronho na sua pós-colheita

Por: Carolina Santos, Justina Franco, Goreti Botelho

(Este texto constitui um resumo do artigo que será publicado na revista AGROTEC n.º 9)

Os medronhos são frutos provenientes do arbusto Arbutus unedo L., geralmente esféricos, carnudos, globulosos, granulosos na superfície, contêm sementes, medem entre um a quatro centímetros de diâmetro e possuem cor vermelha (resultante da presença dos pigmentos ß-caroteno e antocianinas) quando maduros.

O medronho pode ser usado em compotas, geleias, produtos fermentados como aguardente, licores e consumido em fresco.

Na Escola Superior Agrária de Coimbra (Instituto Politécnico de Coimbra) desenvolveu-se um trabalho que teve como objetivo avaliar a evolução da cor (medida no sistema CIELAB) e do teor de sólidos solúveis totais (expressos em oBrix) ao longo de um período de pós-colheita de 21 dias em medronhos com diferentes graus de maturação: frutos completamente vermelhos – maduros, frutos em fase intermédia de maturação e frutos louros ou imaturos.

Verificou-se que os valores dos parâmetros L*, b*, C* e ho diminuíram ao longo do tempo. Inversamente, o parâmetro a* aumentou bem como oBrix que estabilizou nos 22,2 oBrix, independentemente do grau de maturação inicial.

O comportamento observado, nestes dois parâmetros, é semelhante ao de frutos climatéricos amplamente estudados, o que parece indicar que os frutos completam a sua maturação após serem colhidos.

O estudo da evolução da taxa de respiração e da taxa de produção de etileno poderá vir confirmar a natureza climatérica do medronho.

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