Comissão de Segurança Alimentar criou grupo para resolver problemas de carne picada

carne picada

A Comissão de Segurança Alimentar (CSA) decidiu criar um grupo de trabalho para elaborar um plano para acabar com a contaminação da carne picada pré-preparada, dado que o Governo considera fundamental eliminar o problema.

De acordo com um comunicado emitido pelo gabinete do secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, a Comissão de Segurança Alimentar (CSA) reuniu-se para analisar os resultados de um estudo da DECO sobre a venda de carne picada pré-preparada e decidiu criar no seu âmbito um subgrupo de trabalho, que será coordenado pela Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

O grupo de trabalho terá como missão «elaborar um plano de trabalho no prazo de 15 dias, com vista a eliminar o problema da contaminação da carne picada pré-preparada.

O secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação, Luís Vieira, que preside à CSA, defendeu no encontro que «eliminar este problema é fundamental» e admitiu a necessidade de ser feita «uma campanha de informação para que os próprios consumidores se tornem mais exigentes».

Os organismos que integram o subgrupo de trabalho ficaram de apresentar propostas para resolver o problema de contaminação da carne picada, tendo sido proposto na reunião o reforço da fiscalização por parte da DGAV e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).

A associação de defesa do consumidor Deco, baseando-se nas conclusões de um estudo publicado na revista Proteste, alertou, há uma semana e meia, para os riscos inerentes ao consumo de carne previamente picada nos talhos, onde foram encontradas bactérias nocivas e aditivos alergénicos usados para fingir que a carne é fresca.

A associação de defesa dos consumidores, na análise feita a carne de 25 talhos de Lisboa e Porto, identificou carne guardada a temperaturas demasiado altas, «milhões de bactérias por grama», entre as quais a “salmonela” e outras de origem fecal, demasiada gordura e sulfitos usados ilegalmente como conservantes.

A CSA, criada em maio de 2014, por despacho do Governo, tem por missão «aumentar a confiança dos consumidores» nos produtos alimentares, apoiar as autoridades nacionais nomeadamente através de pareceres e estudos no que diz respeito à segurança dos géneros alimentícios, propor, em casos específicos, as medidas necessárias para garantir que não sejam colocados no mercado géneros alimentícios não seguros, e desenvolver «um diálogo transparente» com a população/consumidores e as respetivas associações representativas, no sentido de evitar a perda de confiança perante as crises relacionadas com a segurança alimentar.

Segundo a lei, a CSA reúne trimestralmente ou, a título extraordinário, mediante convocação do representante do Ministério da Agricultura e do Mar.

Fonte: Lusa

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