Chuva e calor ameaçam colheita do Dão e Douro

As chuvadas que se fizeram sentir no final do inverno e na primavera chegaram a preocupar os viticultores das regiões do Dão, Douro e Távora-Varosa, as que dominam a paisagem da viticultura no distrito de Viseu.

dao e douro

Com períodos de chuva persistente e consistente, como aconteceu, pragas como a do míldio, oídio e black rot (uma doença com origem nos Estados Unidos da América) aparecem em força e provocam estragos naquela que é uma das principais culturas das referidas regiões vitivinícolas.

As pragas provocam danos em várias partes da videira, mas as mais temidas são as que, de várias formas possíveis, provocam males ao cacho de uvas ainda em formação e o fazem apodrecer e secar.

Esta situação leva a perdas significativas na quantidade de cachos de uva por cada videira, condicionando por vezes de forma preocupante a produção de vinhos.

De acordo com João Paulo Gouveia, autarca em Viseu, professor na Escola Superior Agrária e produtor de vinhos, «assistimos este ano a um período bastante crítico devido a grandes períodos de chuva, que aconteceu de uma maneira consistente. Por essa razão, desde há alguns dias que há uma pressão forte do míldio e alguns ataques de oídio eblack rot».

A olho desarmado, porque os agentes de doenças são invisíveis ao olho humano, as chuvadas provocaram o crescimento de muita erva e folhagem densa na vinha.

A situação provocada pelas chuvas, e consequente aumento de humidade no solo e no ar, obriga a que os viticultores aumentem os cuidados a ter com a vinha para prevenir o aparecimento de doenças.

«Quem se descuidou nas últimas semanas já tem grandes prejuízos, sobretudo com o ataque do míldio. Quem conduziu bem a vinha poderá não ter problemas e ficar já com a monda feita», diz Carlos Silva, enólogo da União Das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA).

Fonte: Jornal do Centro

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