Câmara da Póvoa de Lanhoso continua combate à vespa asiática

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso continua a atuar ao nível do combate à vespa asiática (Vespa velutina).

vespa asiatica

Este pode ser feito através da deteção e destruição de ninhos ou através do impedimento da formação de novos.

Entre junho de 2016 e fevereiro de 2017 foram destruídos 184 ninhos, sendo que, comparativamente com o ano anterior, em que foram destruídos 250 ninhos, significa uma diminuição no número de ninhos detetados.

Por outro lado, foram contabilizados 51 falsos alertas este ano comparativamente com os 11 falsos alertas do ano passado.

Os 184 ninhos destruídos na Póvoa de Lanhoso surgiram, na sua maioria, nas árvores em zonas rurais, mas também em telhados e interiores de habitações, anexos, muros e no chão.

«É de registar ainda uma maior preocupação da população relativamente a este assunto, quer porque o tema das vespas asiáticas foi mais desenvolvido pela comunicação social, mas também pela aproximação dos ninhos à população», adianta a Câmara.

«Agradecemos o empenho da população na ajuda que nos tem prestado para a deteção de ninhos. O aumento de denúncias deve-se a um maior grau de informação das populações. Deste modo, agradecemos também aos técnicos do município, às entidades privadas e apicultores, que muito dão de si para o combate a esta problemática», refere o Vereador da Proteção Civil da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, André Rodrigues.

A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso alerta ainda, em especial os apicultores, para a colocação de armadilhas, nesta fase do ano, para impedir a formação de novos ninhos e a proliferação desta vespa destruidora.

É importante a detenção/destruição precoce dos ninhos, antes do inverno, para se evitar a criação de fundadoras, que serão responsáveis pelos ninhos da época seguinte (após a saída das fundadoras, a destruição dos ninhos é meramente redundante).

«A colocação de armadilhas nas imediações dos apiários, principalmente nos locais onde nos anos anteriores se observou a presença de ninhos de vespa asiática é crucial para um combate eficaz das vespas predadoras e uma redução significativa de ninhos. As armadilhas deverão utilizar um isco à base de açúcares e proteínas. É importante que as armadilhas de captura sejam o mais seletivas possíveis (modelos disponíveis em diversos sítios de apicultura online), sob pena de se capturarem muitos insetos não alvo, inclusive as abelhas, com as consequências que daí advêm», avança.

A vespa asiática é prejudicial, porque é predadora da abelha europeia (Apis mellifera), produtora de mel. Como consequência direta e económica, diminui a produção de mel e seus derivados; como consequência ambiental, diminui a polinização vegetal, pondo em risco a biodiversidade. Importa, no entanto, relembrar que não estarmos perante um risco acrescido para a saúde pública, pois os perigos que representam estas vespas são idênticos aos das vespas autóctones.

Reforça-se porém, que, na exterminação dos ninhos não devem ser usadas armas de fogo, mesmo no caso de difícil acesso pois este método só provoca a destruição parcial do ninho e contribui para a dispersão e disseminação da vespa asiática por constituição de novos ninhos. 

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