Brasil é forte aposta para vinhos do Porto e Douro

O Brasil representa uma forte aposta para os vinhos do Porto e Douro e é um mercado com um grande potencial de crescimento já que, neste país, o consumo médio deste produto é de dois litros por habitante.

«O mercado brasileiro é um dos mais importantes para os vinhos portugueses e, nomeadamente, para os do Douro», afirma Pedro Castro, vice presidente da Associação dos Empresários Turísticos do Douro e Trás-os-Montes (AETUR).

O responsável falava à margem de uma prova de vinhos que decorreu no Rio de Janeiro e se realizou no âmbito do projeto “Há um rio que começa no Douro e termina no Brasil”, que, durante esta semana, está a promover a mais antiga região demarcada do mundo no Brasil.

Os produtores durienses estão a fazer uma forte aposta neste mercado da América do Sul, o qual acreditam ter um forte potencial de crescimento.

No Brasil, o consumo médio anual de vinho é de dois litros por habitante. Aqui a bebida mais consumida é a cerveja e depois a cachaça.

Marcelo Copello, jornalista e autor de livros sobre vinhos, disse que o consumo deste produto «é muito baixo» mas acredita que vai crescer nos próximos tempos. «O brasileiro está muito curioso com o vinho, quer-se educar, quer aprender e quer provar», salientou.

E é esta oportunidade que os portugueses querem aproveitar.

«O mercado brasileiro é uma forte aposta nossa, sobretudo aqui no mercado do Rio, onde já temos uma importadora que trabalha para um nicho de mercado médio alto», afirmou Laura Regueiro, produtora de vinho do Douro.

Entrou no Brasil no final de 2013 que, neste momento, representa já, o segundo mercado exportador da sua quinta.

«Este é um mercado com um potencial enorme. Há uma abertura muito grande para os vinhos portugueses», frisou Laura Regueiro.

A produção média anual de vinho no Brasil ronda os 30 milhões de litros. O vinho mais vendido neste país é o do Chile, seguido do da Argentina.

Sérgio Queiroz, representante do Grupo Baco e que se associou à realização do evento no Rio de Janeiro, referiu que, no ranking nacional, Portugal está a disputar «o quarto, quinto lugar a uma distância de três vezes mais para o líder».

No entanto, no Rio de Janeiro consome-se «já seis vezes mais vinhos portugueses do que a média nacional».

«Aqui no Rio o vinho português está em segundo, disputando garrafa a garrafa com o primeiro. Isso é um dado extremamente interessante», salientou Sérgio Queiroz.

Este responsável defendeu que é preciso «desmistificar o vinho» e simplificar a informação que se dá sobre este produto para ajudar os brasileiros a entendê-lo.

«Nós não temos a cultura do vinho. O vinho vem crescendo muito no Brasil. É uma coisa que se vem conquistando e há que deixar a população chegar ao vinho, não criar barreiras ou rituais austeros», frisou.

No âmbito do projeto da AETUR, vão decorrer três ações no Rio de Janeiro para «potenciar o turismo, os vinhos e gastronomia e a cultura do Douro».

Fonte: Lusa 

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