Armamar: produção de maçã com quebra de 35%

A apanha da maçã de montanha em Armamar começou no final da semana passada, prevendo-se que dure mais três semanas.

maca

O pico da campanha deverá acontecer na última semana do mês de setembro.

Este ano fruto dos “problemas climatéricos” verificados, nomeadamente da geada e da chuva, a produção na região caiu entre 30 a 35%. A Associação dos Fruticultores de Armamar (AFA) estima que saiam dos pomares locais entre 45 a 50 mil toneladas, menos 20 mil do que no ano passado por esta altura.

«Apesar desta quebra na produção vamos ter maçã com qualidade e suficiente para encher o nosso frio (câmaras frigoríficas). Como as pessoas reconhecem a qualidade da nossa maçã, a procura felizmente está a ser muito grande apesar do decréscimo», adianta o presidente da coletividade, José Osório.

Devido a esta diminuição da produção, o preço do fruto quando for para o mercado vai ser ligeiramente mais caro que em 2015.

O dirigente estima que cada quilo seja negociado «entre os 30 e os 40 cêntimos, mais uns cêntimos que no ano passado».

A maçã de Armamar é vendida para Portugal, Espanha e países africanos de língua oficial portuguesa.

O grosso da produção (70%) fica no nosso país, o resto é exportado.

Atualmente a AFA tem 120 associados, oriundos de Armamar e dos municípios limítrofes, e que produzem várias qualidades entre as quais: vermelhas, golden, gala, fuji, regionais, entre outras.

O número de produtores não tem sofrido alterações nos últimos anos.

De acordo com José Osório, uma das dificuldades que os fruticultores locais enfrentam prende-se com a escassez de câmaras frigoríficas para armazenar a maçã que agora é colhida.

A Cooperativa Agrícola local, com o apoio da Câmara Municipal e uma empresa têm, em mãos dois projetos para criar mais estruturas de frio, armazéns que «fazem falta» e são considerados «imprescindíveis» para a fileira.

«Apesar deste ano haver um decréscimo, com o aumento de produção dos pomares vai ser necessário mais frio até para estabilizar o preço de venda. Se houver essa estabilização, é melhor para os agricultores porque o preço nunca baixa tanto como agora», afirma José Osório.

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Fonte: Jornal do Centro

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