Argentinos criam aparelho portátil para detetar resíduos de glifosato

Estudantes e professores da Faculdade de Agronomia da UBA (Universidade de Buenos Aires) criaram um aparelho portátil capaz de detetar resíduos de glifosato em alimentos e amostras de água e solo.

Chamado de Glifotest, o dispositivo é inspirado nos populares “testes de gravidez” e, de acordo com os investigadores, dispensa o uso de equipamentos laboratoriais.

«A biologia sintética é a ciência responsável por desenhar e construir blocos de genes que conferem características e funções novas aos organismos – que não [originalmente] ocorrem na natureza. Sob esse contexto, decidimos desenvolver um teste de deteção de glifosato conferindo uma coloração diferencial para bactérias Escherichia coli modificadas geneticamente. Chamámos a esse dispositivo de 'Glifotest'», explicou Pablo Peralta Roa, investigador de Genética da UBA ao Portal de divulgação científica “Sobre la Tierra”.

«Há estudos que indicam a presença de glifosato em insumos sanitários e de higiene pessoal de uso massivo, tais como gases ou fraldas. Por isso quisemos construir um sensor de glifosato rápido, efetivo e económico», acrescentou Roa.

Um dos académicos participantes comenta que o grupo quis «encarar essa problemática com impacto social desde o ponto de vista da biologia sintética».

Lautaro Castro menciona o «abuso na aplicação de glifosato, que gerou polémicas no âmbito social e ambiental, e que preocupa a população pela sua presença em alimentos e efeitos sobre a saúde humana, sem descartar a contaminação de ecossistemas».

Fonte: Agrolink

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