Alteração na selagem do vinho de origem Porto é «positiva» para o setor, diz a AEVP

A Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP) considerou «positiva» a decisão de tornar facultativa a selagem das garrafas com selo no gargalo, uma vez que «anula a disparidade entre Porto e Douro».

Em declarações à agência Lusa a Diretora Executiva da Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEVP), Isabel Marrana explicou que a medida aprovada na semana passada pelo Governo «ratifica a decisão em 2017 do Conselho Interprofissional do Instituto do Vinho do Porto (IVDP)».

Na reunião do Conselho de Ministros (CM) na semana passada foi aprovado o decreto-lei que torna facultativo o procedimento de selagem das garrafas de vinho com denominação de origem "Porto" por aposição de selo no gargalo, sendo retirada a «exigência especial quanto à forma de colocação do selo de garantia, podendo os engarrafadores optar por outras formas de selagem», indica comunicado do CM.

«Trata-se de algo que o setor entende como positivo e que anula a disparidade entre Porto e Douro», observou Isabel Marrana, explicando que, até hoje, a certificação que o Instituto do Vinho do Porto e Douro faz ao Vinho do Porto só podia ser «visualizada num selo de bandolete, colocado sobre a rolha da garrafa».

Em contraponto, «no Douro, o IVDP já tinha uma modalidade facultativa, onde essa certificação podia ser exibida ou sobre essa bandolete ou em contrarrótulo, ou num dístico autónomo ao lado do contrarrótulo», acrescentou, defendendo "não haver razão nenhuma para que no Porto não houvesse um regime similar ao vinho do Douro».

«Este sentimento foi transmitido pelo comércio e pela produção ao IVDP, que concordou e o aprovou em Conselho Interprofissional, seguindo depois os seus trâmites», elencou a responsável, garantindo que a novidade estética «não provocará nenhuma alteração ao nível do preço das garrafas».

A Lusa tentou também obter um comentário do IVDP mas, até ao momento, não foi possível. 

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