Alqueva: Capoulas Santos acredita ser possível financiar aumento do regadio até 2020

O ministro da Agricultura mostrou-se convicto de que o Governo irá encontrar solução para financiar o aumento do regadio de Alqueva, para beneficiar mais 45 mil hectares até 2020, num investimento de 150 milhões de euros.

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«Estou certo de que encontraremos a solução mais vantajosa do ponto de vista financeiro para dar continuidade a esta obra e tê-la concluída em 2020», disse Capoulas Santos.

O ministro falava aos jornalistas, em Beja, na sede da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), depois de se ter reunido com representantes da Federação Nacional de Regantes de Portugal e da Federação de Associações de Agricultores do Baixo Alentejo.

Segundo o ministro, o Alqueva «é visto em todo o país como um projeto de sucesso», que que o Governo quer continuar, mas, para tal, é preciso «haver capacidade de execução, e essa está garantida, o trabalho que a EDIA tem feito comprova-o, e encontrar soluções de financiamento», que, «infelizmente, neste momento, não existem».

«Mas cabe ao Governo encontrá-las e de forma que representem o menor encargo para o Estado. É nesse trabalho que estou neste momento mergulhado», disse o governante, referindo que o aumento da área de regadio do Alqueva para beneficiar mais 45 mil hectares, além dos 120 mil inicialmente previstos e que deverão estar concluídos e operacionais na campanha de rega deste ano, «é um custo que estimamos em cerca de 150 milhões de euros».

«E há que procurá-los», porque, «infelizmente» e devido ao «elevado número de compromissos que foram assumidos anteriormente», «não é possível ir buscar os financiamentos necessários» ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2014-2020, «uma das fontes de financiamento que eu, há três meses, julgava estar mais acessível», declarou Capoulas Santos.

O ministro da Agricultura voltou a comprometer-se a executar o PDR 2014-2020 a 100% este ano, referindo que o programa tem uma «baixíssima taxa de execução».

«Em 2014, a taxa de execução foi de 0 por cento e em 2015 foi de 12%. O meu objetivo é este ano executar 100%, isto é, toda a dotação prevista para 2016, que é na ordem dos 600 milhões de euros, dos quais 90 milhões de euros são comparticipação nacional», afirmou.

Segundo o ministro, o Orçamento do Estado para este ano «ainda não foi aprovado» em votação final global, mas o Ministério da Agricultura conseguiu que na proposta do Governo estivesse «consignada» a verba de 90 milhões de euros.

«Estou convencido que na votação final global do orçamento, se for aprovado como está, teremos meios para executar integralmente, a 100%, o PDR neste ano, com especial preocupação para os projetos que geram emprego, atraem investimento e criam riqueza, que são sobretudo os projetos que têm a ver com os investimentos nas explorações agrícolas e na agroindústria».

No que respeita às explorações agrícolas, «os primeiros 105 projetos que irão alavancar 20 milhões de euros de investimento já foram contratados há um mês e irei dar início, no dia 4 de março de 2016, à aprovação de projetos na agroindústria, que totalizarão cerca de 60 milhões de euros», precisou, referindo que espera, «a partir de agora por a execução do PDR em velocidade de cruzeiro e recuperar nos anos seguintes o atraso que, infelizmente, se verificou nos dois primeiros anos».

Fonte: Lusa

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