Alentejo decisivo no trajeto «notável» do vinho português

O ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos, destacou esta terça-feira o «contributo muito decisivo» dado pelo Alentejo para o «trajeto notável de progresso e de afirmação» do setor do vinho em Portugal, nos últimos 30 anos.

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«O setor do vinho» em Portugal «conheceu, sobretudo nas últimas três décadas, um trajeto notável de progresso e de afirmação», para o qual «o Alentejo deu um contributo muito decisivo», afirmou o ministro que tutela as pastas da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.

Neste período, destacou Capoulas Santos, o Alentejo «foi, talvez, a região que mais progrediu em termos de organização» e «da afirmação e reconhecimento da qualidade do vinho nos mercados interno e externo».

O ministro da Agricultura falava a propósito do 10.º Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo, que vai decorrer em Évora, entre 4 e 6 de maio, no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDRA).

O encontro é promovido pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), em conjunto com a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA), a Universidade de Évora, a Direção Regional de Agricultura e Pescas e a CCDRA.

Questionado sobre a evolução positiva dos vinhos do Alentejo, Capoulas Santos lembrou o «esforço» feito na região para desenvolver o setor, que «começou com a ATEVA», organismo que, desde 1985, entre outras funções, se dedica à investigação, experimentação, demonstração e divulgação de técnicas que melhorem a vitivinicultura regional.

O setor alentejano dos vinhos, destacou o governante, tem também «sabido, ao longo deste tempo, aproveitar as oportunidades», como as criadas pelos fundos comunitários e, «em particular», pelo Programa de Reestruturação da Vinha.

«É, talvez, o programa comunitário que melhor sucesso teve e tem uma grande responsabilidade naquilo que foi a evolução da vitivinicultura nacional e no Alentejo», disse, apontando ainda os investimentos, com apoio comunitário, feitos na capacidade tecnológica, nas adegas ou no marketing dos vinhos.

Trata-se, pois, de «um setor que orgulha» Portugal e que «tem uma vocação exportadora impressionante», não obstante «lutar com uma enorme concorrência mundial», afirmou o ministro.

«Todas as iniciativas que contribuam para melhorar tecnologicamente, para difundir o conhecimento e para introduzir inovação neste setor são bem-vindas», frisou Capoulas Santos, aludindo ao Simpósio de Vitivinicultura do Alentejo.

O simpósio, “nascido” em 1989 e realizado de três em três anos – cumpre 30 anos nesta edição -, pretende divulgar o conhecimento técnico e científico ligado ao mundo da vinha e dos vinhos, promovendo também a troca de experiências e o contacto direto entre investigadores e técnicos desta área.

Ao longo de três dias, vão ser debatidos tema como “Enologia e Tecnologia Vitícola”, “Economia e Marketing”, “Mercados Internacionais”, “Sustentabilidade” e “Vinho de Talha”, com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros ligados à investigação e produção vitivinícola.

Fonte: Lusa 

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