Agricultores ainda não receberam apoios para a seca do ano passado

Para os agricultores as medidas anunciadas para combater a seca este ano “são administrativas” e acusam o Governo de não ter feito nada, “estruturalmente para resolver o problema”.

Portugal tem 40% do território em seca severa ou extrema, o que levou o Governo a anunciar um conjunto de medidas para ajudar a mitigar os impactos da seca, mas os agricultores nacionais ainda não receberam um euro dos apoios lançados o ano passado para o mesmo efeito.

“Continuamos a não receber apoios nenhuns referentes à seca do ano passado “, confirmou ao ECO o secretário-geral da Confederação dos Agricultores. O presidente da CAP já tinha feito a denúncia na entrevista ao ECO a 26 de abril e desde então a situação não se alterou, exceto a gravidade da seca.

O ano passado, o Ministério da Agricultura lançou um conjunto de apoios para ajudar os agricultores a fazer face a um “conjunto de sucessivo de constrangimentos que o país tem atravessado (pandemia no mundo, guerra na Europa, inflação, crise energética e situações de seca sem paralelo na história)”, sublinhou ao ECO fonte oficial do Ministério da Agricultura.

Durante o ano de 2022 foram disponibilizados aos agricultores “mais de 100 milhões de de apoios extraordinários, integralmente pagos na exata medida das candidaturas e manifestações de vontade dos agricultores em recebê-los”. Em causa estavam os “apoios designados de ‘reserva de crise’, no valor de cerca de 22,4 milhões de euros, ‘medida excecional FEADER’, no valor de cerca de 43,2 milhões, ‘apoio ao gasóleo’, no valor de cerca de 25 milhões, ‘apoio ao consumo de energia – eletricidade verde’, no valor de cerca de sete milhões, aos quais acresce, ainda, a isenção de adubos, fertilizantes, corretivos de solos, produtos para alimentação de gado, de aves e outros animais”, elencou a mesma fonte.

“Paralelamente, o Ministério da Agricultura e Alimentação abriu candidaturas, com uma dotação superior a 200 milhões de euros, para, por exemplo, instalação de painéis fotovoltaicos, construção de charcas, uso eficiente de água, tecnologias de precisão e instalação de culturas permanentes tradicionais com baixas necessidades hídricas”, explicou fonte oficial do Ministério liderado por Maria do Céu Antunes sem apontar qualquer montante pago.

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Fonte: IACA

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