ACOS alerta para a necessidade de aumentar as reservas hídricas para o regadio de Alqueva

A ACOS – Associação de Agricultores do Sul congratula-se com o início das obras para a segunda fase das infraestruturas de rega de Alqueva. Contudo, a associação reclama que sejam integrados, nesta fase do projeto, os regadios precários devendo-se, como tal, considerar uma área total irrigável de aproximadamente 200 mil hectares.

Regadio

Segundo a entidade, "importa sublinhar que as áreas irrigadas fora do perímetro definido pelo Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva, na altura encorajadas pela EDIA, contribuíram para o aumento das taxas de adesão ao regadio e representou avultados investimentos privados quer em culturas permanentes, quer em culturas temporárias", é possível ler-se em comunicado de imprensa.

Neste contexto, a ACOS reivindica que estas áreas regadas a título precário, na ordem dos 20 mil hectares, sejam incluídas de forma definitiva na zona beneficiada pelo EFMA, assumindo os proprietários as obrigações decorrentes desta integração, sem quaisquer custos para o Estado.

A ACOS alerta, no entanto, para o facto de apenas estarem concessionados 590 milhões m3 como quota disponível para o regadio o que, a considerar os 200 mil hectares, equivale a uma dotação média de apenas 3000 m3 por hectare, muito aquém dos 6500 m3 /ha projetados para o EFMA. Daquela quota disponível haverá também que considerar a água a fornecer, sempre que necessário (quantos mais anos secos ocorrerem pior), aos regadios pré-existentes constituintes do EFMA. "Ou seja, aquela dotação já de si insuficiente, será ainda bastante agravada, colocando em risco a diversidade cultural existente e as opções por novas culturas no futuro", explicam.

Assim, para ultrapassar esta limitação, a ACOS acredita que aumentar a reserva de água para o regadio é o ideal. Para tal acontecer, afirmam que é essencial a construção de uma nova barragem no rio Ardila, projeto já equacionado pela EDIA; a renegociação da concessão de água autorizada para agricultura; e a subida da cota de outras barragens de menor dimensão, designadamente, Pedrógão e Alvito.

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